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Atual situação da pandemia da Covid-19 é pauta de reunião interinstitucional em Araguaína

Publicado em 15/04/2020 14:05
Autor(a): Keliane Vale Comunicação DPE-TO, com informações da Ascom Prefeitura de Araguaína
Atual situação da pandemia da Covid-19 é pauta de reunião interinstitucional em Araguaína - Foto: Loise Maria / Comunicação DPE-TO

De acordo com o boletim informativo da Secretaria da Saúde local, que retificou um dos casos como Influenza, havia cinco pessoas confirmadas para a Covid-19.



Colaborando com a elaboração de medidas de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19), tendo em vista o monitoramento da contaminação, a Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) participou de reunião para discutir a situação da doença na cidade de Araguaín, a convite da Prefeitura Municipal. A pauta foi debatida online, nesta segunda-feira, 13, com diversas instituições.

Participou da reunião o defensor público Sandro Ferreira, da 17ª Defensoria da Fazenda Pública, que falou da solicitação ao Instituto Saúde e Cidadania (Isac), oficiado pela DPE-TO para prestar informações do contrato de R$ 2 milhões para gerenciar a crise do coronavírus; a organização social já administra unidades hospitalares na cidade.

Segundo informações iniciais, o Isac vai operacionalizar a instalação de 15 leitos na Unidade de Pronto de Atendimento (UPA) da Vila Norte, com respiradores; somando-se aos leitos já disponíveis: 10 leitos no Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT- UFT) para casos leves; seis leitos na Unidade de Pronto Atendimento de Araguaína (UPA), sendo um com respirador e cinco com suporte ventilatório para casos moderados da doença e dois leitos no Hospital Municipal (HMA); há tratativas de instalação de mais 20 leitos: 10 leitos no Hospital Regional de Araguaína (HRA) e 10 leitos no Hospital e Maternidade Dom Orione (HDO), com previsão de abertura até a próxima semana.

No encontro, o prefeito Ronaldo Dimas anunciou a ampliação da realização de testes para Covid-19. A previsão é de que os exames iniciem já na próxima semana em locais públicos, por amostragem, com análises realizadas no laboratório da Universidade Federal do Tocantins (UFT). Segundo a Prefeitura, segue avançado o processo de estudo e pesquisa para o início da realização do diagnóstico molecular, pelo método de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), único que identifica a doença nos primeiros dias de infecção. A previsão é de que a Prefeitura, em parceria com a UFT e o laboratório Analisys, comece a testar os exames a partir da próxima semana.

Economia local

O encontro também tratou da economia local. A normativa em vigor no município estabelece a suspensão parcial do funcionamento no comércio em geral, não se aplicando a estabelecimentos específicos, como clínicas médicas, comércios da área da construção civil e mecânica de veículos, entre outros. Sendo mantidas proibidas as atividades em casas de shows, boates, espaço destinados para eventos, academias e outros.

Há consenso que o funcionamento do comércio deve ser revisto conforme a taxa de ocupação dos leitos hospitalares e monitoramento do número de casos confirmados, questão pontuada pela demanda apresentada pelos empresários dos serviços de alimentação, que hoje só estão liberados apenas para venda, sem permanência no local para consumo. De acordo com o boletim informativo da Secretaria Municipal da Saúde, até esta segunda-feira, 13, havia cinco pessoas confirmadas para o Covid-19, que retificou um dos casos, pois foi diagnosticado apenas como Influenza.

Para o defensor público Sandro Ferreira, as cidades de médio porte que implementaram uma estrutura de atendimento na saúde para a Covid-19 e têm condições de monitorar o avanço da pandemia, devem tentar conjugar as medidas preventivas com uma retomada gradativa da economia local.

“Considerando o número de leitos disponíveis e a possibilidade de instalação de hospitais de campanha, as medidas preventivas implementadas na cidade, como uso de máscara e protocolos de higiene, e analisando como as estatísticas têm se desenvolvido na região, parece-nos razoável a revisão do decreto para incluir mais setores da economia, desde que atendam às normas preventivas no exercício das atividades; deixando bem claro que em qualquer momento é possível retroagir se a pandemia piorar”, ponderou o Defensor Público.

Sandro Ferreira considera ainda que os grandes centros terão mais dificuldades para controle da doença e, de consequência, sofrerão afetações mais sérias na economia.  “As cidades de médio porte podem assumir um papel preponderante na manutenção da economia nacional, por conseguirem com menos dificuldade ou talvez por mais tempo, conjugar as medidas preventivas com a continuidade das atividades econômicas, reduzindo os impactos sociais da quarentena”, refletiu Ferreira.

Instituições

A reunião contou com representantes dos serviços de saúde da Prefeitura de Araguaína, Associação Comercial e Industrial de Araguaína (Aciara), Conselho Consultivo das Associações de Bairros de Araguaína (CCABA), Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Hospital Dom Orione (HDO), Ministérios Públicos (Estadual, Federal e do Trabalho), Sindicado dos Trabalhadores do Comércio, Sindicato Rural de Araguaína (SRA) e outras representantes das 22 instituições de diversos segmentos sociais, de saúde, segurança e economia que foram convidadas.

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