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Seminário: painéis temáticos destacam o valor de políticas de educação e saúde no combate ao racismo

Publicado em 23/05/2024 16:37
Autor(a): Marcus Mesquita / Comunicação DPE-TO
Seminário finalizou nesta quinta-feira, 23, com dois painéis temáticos - Foto: Rafael Batista/Comunicação DPE-TO

O segundo e último dia de atividades do “Seminário Luiza Bairros: desafios e perspectivas para políticas públicas de promoção da igualdade racial no Tocantins”, nesta quinta-feira, 23, contou com dois painéis temáticos que colocaram em discussão o papel das políticas públicas nas áreas da educação e da saúde na promoção efetiva da igualdade racial. O evento, uma realização da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) em parceria com a Universidade Federal do Tocantins (UFT), foi realizado no auditório “Defensora Pública Sueli Moleiro”, localizado na sede defensorial em Palmas.

O primeiro Painel teve como tema central “Políticas públicas de igualdade racial e educação” e contou com a participação dos debatedores Franqueslane Ferreira Lima, Leandro Ferreira da Silva, ambos representando a UFT, e Ítalo Bruno Paiva Gonçalves, representando a Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Na ocasião, a vice-diretora da Associação Nacional de Administração em Educação (Anpae-TO) e professora da UFT, Mônica Aparecida da Rocha Silva, foi a medidadora.

Membra do Grupo de Estudo e Pesquisa Avançada em Linguística Aplicada (Gepala), da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) e do Núcleo de Pesquisa em Igualdade Étnico-Racial e Educação (Ierê-UFT), Franqueslane Lima ressaltou que todos têm a responsabilidade de promover a igualdade racial desde as próprias escolhas vocabulares, das decisões que tomam e até mesmo do próprio trabalho, mantendo um olhar ativo e uma conduta de implementação cotidiana de um trato igualitário, respeitando as individualidades de raça, classe e gênero.

Analista administrativo do Ministério Público do Tocantins (MPTO), Leandro Ferreira afirmou que o Seminário trouxe evidência às discussões envolvendo políticas públicas relacionadas às questões étnico-raciais, gerando, também, um fórum de debate oportuno para expor aquilo que tem sido trabalhado no âmbito acadêmico, trazendo a discussão para a Defensoria, que é um ambiente de defesa de direitos e da cidadania.

Segundo Ítalo Bruno, que é membro do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena do Tocantins (Ceei-TO), entidade vinculada à Seduc, o desafio de promover a igualdade racial é muito grande, sendo necessário, antes de tudo, elevar as vozes das pessoas negras dentro dos espaços institucionais, o que é fundamental para que melhor se adequem os pensamentos, debates, planejamentos e execuções das políticas públicas em prol da redução das desigualdades.

Igualdade racial e saúde

Com o tema “Políticas públicas de igualdade racial e saúde”, o Painel que fechou a manhã de atividades do Seminário contou com as debatedoras Daniele Vasco Santos e Liana Bacelar Evangelista Guimarães, sendo ele mediado pela coordenadora do Núcleo de Defensoria Pública Agrária (DPagra), defensora pública Kenia Martins Pimenta Fernandes.

Vice-Presidente da Regional Norte da Associação Brasileira de Psicologia Social (Abraspo) e professora da UFT, Daniele Santos pontuou que é importante a presença de um público tão diverso no Seminário e que o combate ao racismo no campo da saúde deve envolver o enfrentamento para além do serviço em si, contemplando a saúde em uma perspectiva ampla que dá conta da atenção à saúde, à gestão, ao planejamento e à formação.

Enfermeira e membra do Coletivo Feminista Ajunta Preta, Liliana Bacelar enfatizou que a saúde é um campo no qual o racismo opera muito forte, com pessoas que nascem, sobrevivem e morrem pautadas por ele, o que torna eventos como o Seminário, com uma programação alinhada com o que se compreende por luta antirracista, inserindo todos os atores sociais nas discussões.

Realizadores

O Seminário é uma realização da DPE-TO, por meio da Esdep e do Nucora, em parceria com a UFT, por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Políticas Públicas (Gespol) e do Núcleo de Pesquisa Igualdade Étnico-Racial e Educação (Ierê-UFT), e com a Seciju.

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