O Núcleo Especializado de Defesa da Saúde (Nusa) da Defensoria Pública do Estado do Tocantins esteve no Hospital Geral de Palmas (HGP) para verificar o atendimento dos setores da Oncologia e Pronto Socorro (Sala Vermelha e Sala Amarela).
Durante visita ao Pronto Socorro, realizada no dia 23 de fevereiro último, foram relatadas reclamações relacionadas aos equipamentos, como macas quebradas, que não eleva a cabeceira, lateral quebrada e sem trava, o que pode, segundo os profissionais, ocasionar o risco de queda de pacientes. Em relação aos insumos, foi detectado que há uma escassez de sacos coletores, micropore do mais largo e polifix.
Também foi relatado queixa sobre o aparelho de eletrocardiograma, que é único e é utilizado em vários setores, sendo necessário mais um aparelho para suprir a demanda.
Na Oncologia, durante a visita ao setor farmacêutico, foi observado que no final do mês está havendo a falta de alguns medicamentos. “O desabastecimento desses medicamentos está resultando na falta de assistência a pacientes não apenas no ambulatório de oncologia, mas também nas alas de internação e na UTI”, aponta o relatório de vistoria do Núcleo.
Sobre a precariedade na limpeza do estabelecimento hospitalar, questionado na ocasião, foi informado que há poucos funcionários de serviços gerais responsáveis pela limpeza e que não há uma empresa terceirizada contratada atualmente, mas que uma licitação está em andamento.
Também houve queixas em relação aos elevadores, que já contam com 18 anos de uso e foram projetados para servir a dois andares, mas agora atendem quatro andares, resultando em um uso intensivo e o hospital não conta com rampas alternativas. Dos cinco elevadores disponíveis, frequentemente apresentam falhas necessitando assim de troca.
Cirurgias
Durante reunião com o com o diretor-geral do HPG, Leonardo Toledo, o coordenador do Nusa, defensor público Freddy Alejandro Solorzano Antunes, tratou tanto das demandas encontradas durante a vistoria quanto de outras que vem sendo acompanhada pela Defensoria Pública, como a grande fila para cirurgias bariátricas e ginecológicas.
Segundo Diretor, a maior demanda ginecológica no HGP é para casos de endometriose e que há apenas um médico disponível para atender a essa demanda. Em relação à ortopedia, os médicos estão trabalhando normalmente, sem queixas sobre falta de insumos.
Além disso, foi mencionada a escassez de profissionais no hospital, especialmente técnicos de enfermagem, que está em falta no mercado. A Direção do Hospital disse que já foi autorizado o orçamento para contratação de profissionais de saúde.
Medidas tomadas
Diante das reclamações da limpeza e dos elevadores, o Nusa oficiou o Estado para a regularização dos serviços. As outras demandas serão mencionadas nas Ações Civis em andamento.