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Nucora se posiciona sobre declaração feita por um vereador a outro parlamentar de Araguaína

Publicado em 05/07/2022 11:23
Autor(a): Comunicação DPE-TO
Sede da Câmara Municipal de Araguaína - Foto: Reprodução Facebook Câmara Municipal de Araguaína - arquivo 2014

Atualizada em 05/07/2022 às 14h36min


“A língua não é um lugar pacífico, mas um mecanismo que alimenta políticas discriminatórias”, afirma o Núcleo Especializado de Questões Étnicas e Combate ao Racismo (Nucora) da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) em Nota Pública do dia 30 último, divulgada nesta terça-feira, 5, sobre situação ocorrida na Câmara Municipal de Araguaína em que o vereador Soldado Alcivan foi chamado por outro parlamentar municipal de “...um negro de alma branca, um negro bom...".

Na Nota Pública, o coordenador do Nucora, Arthur Luiz Pádua Marques, destaca autores relevantes na literatura científica e de pesquisa sobre o racismo e, partir desse resgate, considera que “(…) o Brasil possui uma tradição escravocrata e colonialista, (...) e por esse motivo é “(...) indispensável entender a língua como uma marca de dominação que figura como estruturante do racismo”.

O Nucora chama à reflexão ao fato de que a denominação "negro de alma branca, negro bom" desvincula a negritude da condição de bondade, tornando-as categorias que se contradizem, o que promove discriminação. “O que evidencia a relação interdependente entre a língua e o racismo, e aponta para a necessidade de subversão da imposta, e urgência de comprometimento público, privado, individual, coletivo, civil e institucional para com a pauta racial, visto que ainda não experenciamos uma democracia racial em um país composto majoritariamente por pessoas negras”, consta em outro trecho da Nota, que foi encaminhada à Presidência da Câmara Municipal de Araguaína nesta segunda-feira, 4.

Confira o Documento na íntegra clicando aqui.


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