Há cerca de oito anos, Thaise Feitosa da Silva, 37 anos, moradora de Paraíso do Tocantins, cidade localizada a 61 km de Palmas, tem a Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) como uma importante aliada na luta pelos direitos da filha Sofia, de 8 anos, que tem microcefalia e paralisia cerebral. Uma parceria que começou logo nos primeiros meses de vida da Sophia.
“A Sophia já nasceu com a necessidade de usar um leite especial que estava fora da minha realidade financeira. Como o Estado negou, fui orientada por amigos a procurar a Defensoria”, recorda.
A partir daí, Thaise conta que a Defensoria Pública passou a ser o seu ponto de apoio. “Busquei a Defensoria Pública quando entendi que os direitos da minha filha não estavam sendo cumpridos. Depois surgiram outras demandas que também só foram resolvidas com a intervenção da DPE. Hoje, ela tem uma cadeira de rodas de qualidade, conseguimos realizar a cirurgia de gastrostomia, obter remédios, terapias, tudo graças à Defensoria", relata.
Para Thaise, a Defensoria Pública se tornou um lugar onde encontrou mais do que atendimento jurídico, recebendo também acolhimento emocional. "Acho que, em todas as ações da Sophia, foi a defensora Arlete Kellen quem atuou, que, por sinal, é uma pessoa muito humana. É mãe e me acolheu num dia em que eu não tinha mais forças nem esperança de nada. Aliás, todos ali, desde a recepção, sempre nos recebem muito bem. A Defensoria é praticamente nossa segunda casa”, destaca.
Diretora do Núcleo Regional da DPE-TO de Paraíso do Tocantins e titular da 1ª Defensoria de Paraíso do Tocantins a defensora pública Arlete Kellen Dias Munis lembra que a força de Thaise marcou a todos, desde o primeiro atendimento. "No primeiro contato da Thaise nos sensibilizamos com a força de vontade dessa mãe em transpor, na medida do possível, as barreiras impostas à filha, ainda que as instituições públicas e privadas lhe dissessem vários ‘nãos’”.
A luta continua
Mãe atípica, Thaise reforça a importância do debate contínuo na defesa e garantias dos direitos das pessoas com deficiência (PCD). "Espero que possamos falar sobre PCD não apenas em datas simbólicas, mas todos os dias, que possamos debater políticas públicas e buscar melhorias sempre. Ainda falta informação e, principalmente, educação das pessoas, mas aos poucos temos evoluído. Hoje, se eu não sei, procuro quem sabe para me ensinar, procuro saber se a lei me ampara, busco a Defensoria Pública para me orientar. Como digo a todas as mães: somos as vozes deles, não podemos desistir nunca”, finalizou.
//Série Especial//
Esse conteúdo integra uma série especial produzida pela Assessoria de Comunicação da DPE-TO em parceria com a Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão (Cpai) da Instituição.
As reportagens da série foram produzidas em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, celebrado anualmente a cada 21 de setembro, e mostram a história de assistidas e assistidos com deficiência que contam com a atuação da Defensoria Pública na garantia de seus direitos.
Edição: Gisele França/Comunicação DPE-TO