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Lideranças Javaé da Ilha do Bananal relatam à Defensoria problemas enfrentados nas aldeias

Publicado em 15/04/2024 16:17
Autor(a): Wanda Citó/Estagiária sob supervisão da coordenadora de Jornalismo, Gisele França
Caciques procuram a Defensoria Pública para buscar orientação em relação aos problemas enfrentados nas aldeias - Foto: Rafael Batista/Comunicação DPE-TO

O Núcleo Especializado de Questões Étnicas e Combate ao Racismo (Nucora) e o Núcleo Especializado de Defesa da Saúde (Nusa) da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) receberam, na sede da Instituição em Palmas, lideranças Javaé da Ilha do Bananal, localizadas na região sudoeste do Estado. Os caciques procuram a Defensoria Pública em busca de orientação e assistência devido aos vários problemas enfrentados pelas comunidades originárias da região.

Estiveram presentes representantes das aldeias São João, Taima, Boa Esperança, Txuiri, Cachoeirinha e Imotxi, pertencentes à etnia Javaé. Durante a reunião, as lideranças expressaram descontentamento com a gestão atual do Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Tocantins e denunciaram as condições de saúde precárias nas comunidades, a má qualidade da água devido aos agrotóxicos utilizados nas plantações agrícolas próximas à comunidade, a falta de transporte, entre outras dificuldades.

Na ocasião, o presidente do Instituto de Caciques e Povos Indígenas da Ilha do Bananal (Icapib), Dorivaldo Ixati Javaé, entregou um ofício à Coordenadora do Nucora relatando condutas da atual Gestão do Dsei Tocantins, como a ausência de respeito aos critérios do processo seletivo e solicitou ações itinerantes nas aldeias do povo Javaé.

Para a coordenadora do Nucora, defensora pública Letícia Amorim, essas reuniões são importantes para uma compreensão mais aprofundada da realidade enfrentada nas aldeias, permitindo tomar medidas específicas para garantir os direitos dessa população.

Segundo Letícia Amorim, é fundamental estabelecer uma relação sólida entre as lideranças indígenas e a Defensoria, ampliando o entendimento das questões enfrentadas nas aldeias e buscando soluções efetivas. “Ao ouvirmos cada um aqui, fortalecemos esse diálogo, contribuindo para a proteção dos direitos da população indígena e evitando que continuem a ser violados", destacou.

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