Conforme o MST, em 2006, a área foi expropriada e destinada para o Incra após ter sido foi flagrada com cultivo de plantas psicotrópicas. No decorrer desse processo, a área começou a se apropriada irregularmente, com loteamento e plantação de soja, e pleito para regularização fundiária da terra por meio do Programa Terra Legal.
Em 2016, o Incra realizou uma vistoria na área e confeccionou um Laudo de Viabilidade Técnica, em que inviabilizou a área para criação de assentamento de Reforma Agrária.
Em abril de 2017, as famílias começaram a ocupar o local, vindas do Acampamento Olga Benário, às margens da BR 153, que por não terem para onde ir e informadas sobre a propriedade da terra ser da União, passaram para o local com intuito de exigir do Incra a criação de assentamento de Reforma Agrária.
Após a entrada das famílias na área, um particular que fazia uso do imóvel ingressou com uma ação de reintegração de posse. Assim que tomou conhecimento da situação das famílias, em maio de 2017, a Defensoria Pública passou a acompanhar as famílias.
Em julho de 2017, o Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins, deferindo pedido formulado pela Defensoria Pública, reformou a decisão proferida pelo Juízo da 1º Vara Cível de Guaraí, suspendeu a ação de reintegração de posse e remeteu o processo a uma das Varas da Seção Judiciária Federal do Estado do Tocantins, para análise, processamento e julgamento da demanda.
Com a remessa do processo à Justiça Federal, a competência para atuar na ação passou à Defensoria Pública da União (DPU), e a DPE-TO continuou assistindo as famílias, com orientações, informações e eventuais demandas que surgiram na competência estadual.
Em setembro do mesmo ano, o Juiz da Segunda Vara Federal determinou a reintegração de posse. A DPE-TO acompanhou o despejo das famílias, em cumprimento a decisão, quando nem os fazendeiros e nem ocupantes poderiam utilizar o local até o Incra dar a destinação para área.
Em 2024, o Incra destinou 724 hectares da Fazenda Sinuelo às famílias do acampamento Olga Benário, oficializando a criação de um projeto de assentamento para 58 unidades agrícolas.
Agora, em 2025, ocorre a implantação do PA. (Com informações de Rose Dayanne Santana / DPE-TO)