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Gestantes da Prisão Feminina recebem orientações sobre direitos à saúde e amamentação

Publicado em 09/09/2019 14:12
Autor(a): Cinthia Abreu/ Ascom DPE-TO
Roda de conversa sobre aleitamento materno e saúde da mulher com mulheres presas de Palmas - Foto: Loise Maria/ Ascom DPE-TO




 

Pré-natal, acolhimento, alimentação, pré-parto, direitos, violência obstétrica, colo e amamentação. Estes foram alguns dos pontos tratados na “Roda de conversa sobre aleitamento materno e saúde da mulher”, que aconteceu na Unidade Prisional Feminina de Palmas (UPF), na última sexta-feira, 6. A programação foi uma realização da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), por meio do Núcleo Especializado de Defesa da Mulher (Nudem) e Núcleo de Defesa do Preso (Nadep), em parceria com o Hospital Dona Regina e a Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça (Seciju).

Na programação, um total de sete mulheres, com gravidez de 7 a 31 semanas, assistiram a palestra e puderam trocar experiências com a defensora pública Franciana Di Fátima, coordenadora do Nudem, e as servidoras do Hospital Dona Regina – a fisioterapeuta Carolina Barrionuevo, da equipe de Humanização, e a nutricionista Walkíria Pinheiro, coordenadora do Banco de Leite.

A nutricionista Walkíria Pinheiro apontou que a gestação é um período onde é comum o surgimento de dúvidas sobre diversas questões que envolvem o corpo da mulher, sua saúde e a do bebê. “É muito importante vocês estarem conscientes sobre o relacionamento entre mãe e filho, a fim de evitarem futuros transtornos com as crianças. Vocês têm o direito a ter um acompanhante, de estarem em um ambiente individualizado e, logo após o parto, de ter o bebê imediatamente perto de vocês porque o cheiro, a pele, o toque, tudo é muito importante”, disse a nutricionista.

Walkíria reforçou às mulheres privadas de liberdade, principalmente, sobre a importância da amamentação. “Amamentar é higiênico, é econômico e é muito saudável, tanto para o bebê quanto para a mãe. Bebês que mamam por pelo menos dois anos são mais saudáveis, mais inteligentes e possuem mais chances de se tornarem adultos seguros e confiantes”, declarou, acrescentando que a Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta a amamentação exclusiva até os seis meses e complementar com o leite da mãe e outros alimentos, no mínimo, até os dois anos de idade.

Outro ponto debatido na roda de conversa foi o parto humanizado. A fisioterapeuta e doula Carolina Barrionuevo lembrou os cuidados especiais que as mães podem receber para garantir um parto humanizado, como massagens, banhos e outras técnicas especiais para aliviar a dor do parto. “Um parto humanizado é essencial para valorizar tanto a mãe quanto o bebê, para que se possa evitar que ocorra a violência obstétrica e uma recuperação ainda mais eficaz”, ressaltou.

Direitos

Na ocasião, a defensora pública Franciana Di Fátima Cardoso comentou que objetivo do momento foi o de promover a educação em direitos para as mulheres encarceradas. “Essas meninas falaram hoje de amor, de segurança, de afeto. Que vocês possam ter recebido todas as informações e absorvido tudo o que for necessário para terem o melhor parto, para uma boa convivência de vocês e seus bebês”, concluiu a defensora pública.

UPF

A Unidade Prisional Feminina (UPF) conta atualmente com 65 reeducandas, das quais sete estão gestantes.


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