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Exames de DNA já ultrapassam 270 pessoas beneficiadas no Mutirão de Araguaína

Publicado em 28/09/2012 17:46
Autor(a): Autor não informado
Casal veio de Santa Fé para fazer reconhecimento de paternidade pós morte - Foto: Loise Maria
O dia 28 de setembro vai ficar marcado na vida de Lindalva Ferreira Santos, 52, e de Pompeo Moraes. O casal que mora em Santa Fé conheceu pela primeira vez a provável neta, de cinco anos, durante o Mutirão de Conciliação, realizado pela Defensoria Pública em Araguaína. A menina veio junto com a mãe Claudiana Rodrigues e com o casal fazer o reconhecimento de paternidade da criança, já que o possível pai faleceu há quase cinco anos, quando a garota tinha apenas três meses.

De acordo com a mãe, nunca procurou a família para registrar a menina por desconhecer a possibilidade de fazer o exame, mas, com o passar do tempo, procurou informações para o procedimento de identificação de paternidade da filha, e entrou em contato com a família do rapaz. Para os prováveis avós paternos, o reconhecimento já se deu antes mesmo da comprovação do exame. “Para mim, acabou de nascer mais uma neta. Ela é a cara das minhas outras netas e não tem como negar. Viemos fazer a comprovação, mas a gente sente que ela é um pedacinho do meu filho que se foi”, comemorou a dona de casa.

Poder ter a certeza de sua paternidade foi o principal motivo que levou centenas de pessoas a participar do Mutirão de Conciliação. Apenas nas seis primeiras horas de evento, foram feitas 90 coletas de DNA, beneficiando 270 pessoas.

Divino Costa, 28, mora em São Geraldo no Pará. Por iniciativa própria, convidou a mãe de sua possível filha, Adriana Pereira, 24, que também mora no estado do Pará, para fazer o DNA. “Apesar de morar no Pará hoje, vivi aqui em Araguaína toda minha vida, onde moram meus pais e minha família, e também a família da mãe da menina. Como sempre estou aqui, ouvi falar do Mutirão e do DNA gratuito e vim confirmar a paternidade porque, se ela for realmente minha filha, além da pensão eu também quero conviver mais com ela”, disse o trabalhador rural.

“Aqui na Defensoria Pública, fazemos permanentemente este trabalho de conciliação com a realização de exame de DNA em acordo entre as partes, por meio da Câmara de Conciliação. Só que as famílias têm que arcar com o custo do exame, o que muitas vezes dificulta até mesmo a mediação. Neste caso, a Defensoria Pública está oferecendo o exame gratuitamente; e um Mutirão como este mostra essa triste realidade que vivemos do sub-registro. Porém, estamos imbuídos em trabalhar cada vez mais para que diminua o número de pessoas sem o nome do pai nos documentos”, disse a defensora pública Irisneide Ferreira dos Santos.

O Mutirão de Conciliação integra a Campanha Nacional “Ensinar, prevenir, conciliar: Defensores Públicos pela garantia extrajudicial dos direitos”, desenvolvida em comemoração ao Dia da Defensoria Pública, em todas as Diretorias Regionais da Instituição no Estado. Até o momento, mais de 4 mil pessoas foram atendidas no Mutirão em todo o Estado, sendo realizados cerca de 600 exames de DNA.
 

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