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Dia da Mulher Negra: Confira algumas sugestões de livros e filmes que destacam o antirracismo

Publicado em 25/07/2022 11:44
Autor(a): Cinthia Abreu/ Comunicação DPE-TO
Dia da Mulher Negra: Confira algumas sugestões de livros e filmes que destacam o antirracismo - Foto: Publicidade

Instituído em 1992, no 1º Encontro de Mulheres Afro-latinoamericanas e Afro-caribenhas na República Dominicana, o dia 25 de julho é lembrado como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha. A data levanta questionamentos referentes às opressões de raça e gênero e busca traçar estratégias para o enfretamento de tal problemática e também instiga à reflexão sobre o antirracismo e o feminismo negro.

Que tal neste dia aproveitar também para conhecer um pouco mais sobre a cultura antirracista? O Núcleo Especializado de Questões Étnicas e Combate ao Racismo (Nucora) e Núcleo Especializado de Proteção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem) traz uma lista de dez dicas literárias, musicais e de audiovisual que instiga o debate e conscientização sobre esse assunto, confira:


Livros:

- Histórias Negras Brasileiras em 15 Cordéis (Jarid Arraes): O livro traz cordéis que narram a história de 15 mulheres negras. A autora da obra destaca: "[...] espero, transformar, pouco a pouco, nossa realidade para um futuro melhor. Porque nossas histórias merecem ser contadas."


- Cartas para Esperança: Escrito por 85 mulheres negras, Cartas para Esperança é uma homenagem das escritoras a Esperança Garcia. Dividido em três capítulos, o livro traz cartas escritas pelas autoras negras e, também, depoimentos de histórias de vida de mulheres que se fundem à história do bairro de Santa Cruz, Zona Oeste da capital do Rio de Janeiro.


- Mulheres Quilombolas (Selma dos Santos Dealdina): O livro conta com escritos de dezoito mulheres de diferentes comunidades quilombolas. Como ressaltado por Selma dos Santos Dealdina, organizadora da obra: "Conseguimos concluir esta obra e fizemos com muito carinho [...] aqui narramos nossas dores, desafios, vitórias, histórias de resistência, cada uma a sua maneira, do seu lugar de pertencimento e de fala."


Audiovisual:

- Ôri (Raquel Gerber): A história dos movimentos negros no Brasil entre 1977 e 1988. Tendo como fio condutor a vida da historiadora e ativista, Beatriz Nascimento, o filme traça um panorama social, político e cultural do país, em busca de uma identidade que contemple também as populações negras, e mostrando a importância dos quilombos na formação da nacionalidade.


- Vídeo Povoada (Seud Nunes): A faixa integra o álbum Travessia, lançado em abril. O vídeo, feito em parceria com a produtora cinematográfica Ladeira Loop, foi inspirado pela celebração do Julho das Pretas e é uma homenagem às trajetórias de mulheres negras ao longo da história.


Álbum musical e Livro:

- Lélia Gonzalez – Primavera para as Rosas Negras: Trata-se de uma compilação de artigos, textos e depoimentos de Lélia e traz, ainda, entrevistas com pessoas que conviveram com essa intelectual. A organização é da União dos Coletivos Pan-Afrikanos de São Paulo. O volume conta com uma apresentação de Akins Kintê e introdução de Raquel Barreto, doutoranda em história pela Universidade Federal Fluminense (UFF).


- A Radical Imaginação Política das Mulheres Negras Brasileiras (Ana Carolina Lourenço e Anielle Franco: Sobre a obra, o projeto WikiFavelas sublinha que trata-se de uma coletânea de textos inéditos e não inéditos sobre a contribuição política das mulheres negras brasileiras nas últimas décadas. Acompanhamos escritos, entrevistas, projetos de leis e discursos de mulheres negras que dão as pistas do porquê de sua presença, na política, pode significar mudanças na qualidade da nossa democracia e sociedade.


- Doralyce: A versão da música Mulheres escrita por Doralyce e Silvia Duffrayer, menciona mulheres negras que são grandes referências e disserta sobre liberdade e desfazimento de amarras impostas pelas lógicas de pode


Data

No Brasil, por meio da Lei nº12.987/2014, a data é também lembrada como Dia Nacional de Tereza de Benguela. Conhecida como “Rainha do Quilombo de Quariterê”, Tereza de Benguela foi uma liderança quilombola que viveu no século XVIII, no Mato Grosso. O Quilombo por ela comandado era multiétnico, abrigando pessoas negras e indígenas na luta por terra e liberdade. Passados cerca de 250 anos de sua morte, Tereza de Benguela é memória viva na luta das mulheres negras.

Em Palmas, a Lei nº 2.637/2021 foi impulsionada pelo coletivo de mulheres negras Ajunta Preta, que fixa o dia 25 de julho como Dia Municipal da Mulher Negra, também rememorando o contexto histórico de luta das Mulheres Negras no Brasil, na América Latina e Caribe, e firmando compromisso com a promoção da Igualdade Racial e de Gênero.

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