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Com a DPE-TO, Festa da Colheita do Capim Dourado celebra tradição e cultura dos quilombolas

Publicado em 17/09/2024 16:19
Autor(a): Núbia Matos/ Estagiária sob supervisão da coordenadora de Jornalismo Gisele França
Defensor público Paulo Henrique Américo Lucindo participou das comemorações - Foto: Rafael Batista/Comunicação DPE-TO

Símbolo de cultura e tradição das comunidades quilombolas da região do Jalapão, a 16ª edição da Festa da Colheita do Capim Dourado, realizada no fim de semana último, em Mateiros, contou com a presença da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO). A Celebração, que antecede o início da colheita, foi realizada no quilombo Mumbuca, com uma programação que iniciou na sexta-feira, 13, e encerrou nesse domingo, 15, ocasião em que a DPE-TO foi representada pelo defensor público Paulo Henrique Américo Lucindo.

“Esse foi um dos momentos mais marcantes da minha trajetória. Estar ali, como um defensor público negro, em meio a uma comunidade que carrega as marcas da resistência, me fez sentir o peso e a força da representatividade”, destacou o Paulo Américo.

Participando da “Mesa Dourada”, espaço de autoridades na solenidade de abertura, o Defensor Público falou sobre o papel da Defensoria Pública na defesa e combate ao racismo estrutural e do atendimento coletivo que a Instituição faz por meio dos núcleos especializados na garantia dos direitos das comunidades. Ocasião em que citou algumas atuações como a que resultou na implantação de uma escola no quilombo Rio Preto e a construção de uma ponte no quilombo Boa Esperança.

“Em 2024, o DPagra [Núcleo da Defensoria Pública Agrária] realizou mais de dez visitas a comunidades quilombolas, reforçando o nosso compromisso com essas populações”, pontuou Paulo Américo.

Ainda no Povoado Mumbuca, o Defensor Público fez uma visita ao campo de colheita demonstrativa, onde conheceu mais da luta da comunidade pela preservação de seus territórios.

A Festa da Colheita do Capim Dourado acontece anualmente em setembro, sempre em datas que antecedem o início do período de colheita, que se inicia em 20 de setembro, conforme estabelecido pela “Lei do Capim”, na portaria do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) nº 362/2007.

Presenças

A abertura da Festa da Colheita contou com a presença do secretário dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot) Paulo Xerente e a secretária-executiva da pasta Cristiane Souza; da Superintendente Regional de Educação, Maristélia Alves Santos; da Assessora de Relações Institucionais da Secretaria da Cultura, Aurielly Queiroz; do Prefeito de Mateiros, João Martins Neto; do presidente da Câmara Municipal de Mateiros, Zuraildo Matos; e os professores Adriano Batista Castorino (Universidade Federal do Tocantins) e Marcus Bonilla (Universidade Federal do Norte do Tocantins).

 Capim Dourado

O Capim Dourado é um artesanato único que teve sua origem no quilombo Mumbuca, destacando-se como um símbolo do Estado do Tocantins. Essa tradição foi iniciada por Laurinda, uma das anciãs da comunidade, e continuada por sua filha Dona Guilhermina, carinhosamente conhecida como Dona Miúda. Graças a ela, a técnica de manuseio do capim tem sido transmitida de geração em geração. O capim é uma das principais fontes de renda para a região do Jalapão.

Veja também

Festa da Colheita do Capim Dourado: cultura e tradição que marcam gerações no Jalapão: https://www.defensoria.to.def.br/noticia/festa-da-colheita-do-capim-dourado-cultura-e-tradicao-que-passa-por-geracoes

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