Após pedido da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), a escola penitenciária do Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã, no município de Cariri do Tocantins, a 239 km de Palmas, foi reativada. O local esteve fechado por quase dois meses, prejudicando a educação dos detentos. O presídio conta atualmente com 333 internos, sendo 315 presos condenados e 18 provisórios.
O problema foi detectado em vistoria da DPE-TO ainda no mês de setembro. Diante disso, a Defensoria, por intermédio do Núcleo Especializado de Assistência e Defesa do Preso (Nadep) e Núcleo Especializado de Defesa dos Direitos Humanos (NDDH), oficiou a Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça para solicitar a imediata reativação da escola.
Na última terça-feira, 24, o defensor público Leandro Gundim, coordenador do Núcleo Aplicado de Defesa das Minorias e Ações Coletivas (NUAmac) de Gurupi, esteve no local para verificar a reativação do espaço. Segundo ele, é imprescindível a oferta de estudos ao preso, visando a sua ressocialização e capacitação. “A escola no presídio traz dignidade aos reeducandos, muitos aprendem a ler e escrever as primeiras palavras na escola, além de serem beneficiados pela remição”, considera o Defensor Público.
Na ocasião, os detentos agradeceram ao apoio da Defensoria Pública no processo de reativação da escola. “A Defensoria Pública correu atrás e não deixou cortar esse benefício para nós, pois eles acreditam que nem todo mundo que está preso está perdido, tem muitas pessoas que tem força de vontade, quer recomeçar a sua vida, quer um futuro melhor através da educação”, disse um deles.
Ele agradeceu, ainda, à dedicação dos professores, reforçando que as aulas são importantes não só para a remissão, quanto também para a atividade profissional futura dos alunos da penitenciária.