Equipe Multidisciplinar da DPE-TO realiza 429 intervenções em pouco mais de um mês de atuação remota

Nos primeiros 43 dias de atuação em isolamento social devido à Covid-19, a área de Família foi a principal demanda dentre os atendimentos realizados em todo o Estado

As equipes multidisciplinares, formadas por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, são essenciais à plena prestação de acolhimento aos assistidos da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO). Neste período de trabalho remoto da Instituição, em razão da propagação do novo coronavírus, estes profissionais seguem em plena atuação em todas as regionais do Estado.

Em pouco mais de um mês de atividade remota, as equipes multidisciplinares já realizaram um total de 429 intervenções; isto considerando o período de 23 de março a 4 de maio; ou seja, 43 dias de atuação. Estes dados foram apurados pelo departamento de Estatística da Corregedoria Geral da Instituição e mostram que, durante o trabalho remoto implantado como medida de prevenção à proliferação da Covid-19, os principais atendimentos realizados neste período foram da área de Família, sendo 180 atividades no total.

Áreas que também incidem em altas demandas para a Equipe Multidisciplinar se referem a Direitos Humanos (64), Criminal e Execução Penal (45), Fazenda Pública (15) e Infância e Juventude (10). Vale destacar, ainda, que nos trinta primeiros dias do levantamento, basicamente apenas atendimentos de urgências foram acolhidos pela Defensoria Pública, também uma medida de prevenção à pandemia do novo coronavírus.

Atividades

De acordo com a coordenadora da equipe multidisciplinar da DPE-TO, a psicóloga Vanessa Sales, tais atividades tratam sobre finalizações de relatórios técnicos, cujas visitas e atendimentos já haviam sido feitas anterior ao trabalho remoto; atendimentos sociais e psicológicos através de meios tecnológicos e telefônicos; orientações e acolhimentos aos assistidos, por meios tecnológicos e telefônicos; interlocução com a rede de serviços e encaminhamentos; apoio operacional nas diversas áreas da defensoria, como família, violência doméstica, saúde, execução penal, entre outras; e, também, reuniões online para alinhamento das atividades entre as equipes.

Por vídeochamada, ligação telefônica ou mensagem de voz, neste período de home office, as equipes de assistentes sociais, psicólogos e pedagogos estão prontas para atuar na defesa dos direitos dos cidadãos juntamente aos defensores públicos em todas as regionais. Conforme Vanessa Sales, a atuação acaba sendo impactada sem os atendimentos presenciais.

“Dois elementos são essenciais em nossas análises técnicas, dentre eles, a observação direta e realização de visitas domiciliares e/ou institucionais, ambos restringidos nesse momento. Falar diretamente com os usuários, observar seus comportamentos, observar o contexto onde vivem e as relações sociofamiliares são imprescindíveis para uma análise mais fidedigna, especialmente para as áreas da Psicologia e do Serviço Social. No caso dos estudos que envolvem a Pedagogia, também há restrições, porque as escolas encontram-se fechadas”, aponta a Coordenadora da Equipe Multidisciplinar da DPE-TO.

A saída encontrada então é amparada pela tecnologia, que segundo a Psicóloga tem ajudado muito na condução dos atendimentos. “Assim, nossa atuação tem sido pautada nesse suporte e encaminhamentos, com destaque para a articulação com as redes de serviços, visando assegurar o acesso aos direitos e a inserção dos usuários nas políticas públicas, seja na rede de assistência social ou de saúde”, conclui Vanessa.

Equipe

 A Equipe Multidisciplinar da Defensoria Pública do Estado do Tocantins compõe o quadro de departamento de competência psicossocial e pedagógica, atendendo pessoas encaminhadas por defensores públicos em razão de demandas judiciais, extrajudiciais ou de atendimento. O assessoramento da equipe aos defensores se dá nas diversas áreas de atuação da Defensoria Pública, como família, cível, criminal, execução penal, violência doméstica, fazenda pública, juizados especiais, infância e juventude; além do apoio aos núcleos especializados.

O assessoramento se constitui, portanto, em atendimentos focais aos assistidos; elaboração de estudo social, psicológico, pedagógico e/ou psicossocial, e/ou sociopsicopedagógico; produção técnica de relatórios, laudos, pareceres, cartilhas, entre outros; suporte/apoio em Mediações de Conflitos; orientações; encaminhamentos; articulação com a rede de serviços e políticas públicas; atividades de Educação em Direitos, como palestras, oficinas, seminários, projetos, e/ou ações voltadas ao público externo.