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Defensora pública palestra sobre “Cultura do estupro” em universidade estadual em Palmas

Publicado em 05/03/2020 14:12
Autor(a): Marcus Mesquita / Ascom DPE-TO
Defensora pública palestra sobre “Cultura do estupro” em universidade estadual em Palmas - Foto: Marcus Mesquita / Ascom DPE-TO

A defensora pública titular da 2ª Defensoria da Violência Doméstica dá Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), Vanda Sueli Machado, ministrou a palestra “Cultura do estupro” para acadêmicos e professores da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins). A atividade aconteceu durante o evento científico “Eviternas mulheres de março: a cultura do estupro”, organizado pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unitins e pelo Grupo de Pesquisa de Direitos Humanos, Estado, Violência e Sociedade (Dihves), nesta quarta-feira, 5, no câmpus 108 Sul, em Palmas.

Durante a explanação que realizou, Vanda Sueli explicou que quando a cultura do estupro é abordada é necessário se posicionar no sentido de confrontar a naturalização do que resultou a violência sexual contra a mulher, algo que é cultural, não de agora, pois já vem de tempos passados e continua se repetindo.

“Nós precisamos impor limites. É preciso educar as pessoas para que elas aprendam a respeitar o outro, principalmente em relação às mulheres, que não podem ser tratadas como objeto, coisa; elas merecem respeito, são seres humanos e precisam ser vistas assim. A sociedade, como um todo, precisa compreender que não é não; e quando este não é desrespeitado, o que se vê é esta atitude se tornar um costume que repassa de geração para geração, eternizando na nossa cultura. Assim, a sociedade passa a entender como é comum se desrespeitar a mulher, julgando muito, como ela se comporta e se veste, interpretando isto como um direito de se acusar e violentar as mulheres por estas formas de comportamento e gosto pessoal, o que é errado e deve ser desconstruído enquanto cultura”, enfatizou a Defensora Pública.

Por fim, a titular da 2ª Defensoria da Violência Doméstica afirmou que é fundamental a presença da Defensoria Pública em atividades como a promovida pela Unitins, que vai ao encontro do dever institucional que a DPE-TO possui.

“A Defensoria Pública traz para o debate uma informação a respeito de direitos, da reflexão ‘até onde vai o direito de cada um?’. Então, este diálogo visa romper este costume de que é natural a violência contra a mulher. Isto não pode mais ser permitido; precisamos promover a equidade de gênero e uma cultura de paz,  ações que estão dentro das atribuições da Defensoria”, destacou Vanda Sueli, que foi homenageada com a entrega de um certificado.

Palavra da Unitins

Vice-reitora da Unitins, Darlene Teixeira Castro afirmou que é uma preocupação constante da universidade se aproximar das diversas entidades que atuam no Estado e, por isto, procurou pela Defensoria Pública para abordar um assunto que é de amplo domínio da Instituição.

“O tema é muito delicado e requer profissionais altamente capacitados para abordá-lo, esclarecendo, no ambiente universitário, esta temática tão importante; principalmente no mês das mulheres. Nós agradecemos muito a presença da defensora pública Vanda Sueli pela fala tão importante para os nossos acadêmicos e professores que, com certeza, saíram daqui instigados a repensarem esta problemática”, disse Darlene Castro.

Mesa de honra

Uma mesa de honra foi montada durante a abertura do evento, sendo ela composta pela vice-reitora da Unitins, Darlene Teixeira Castro; professora-líder do Dihves, Christiane de Holanda; pela vice-presidente Diretório Acadêmico (DA) do câmpus Palmas, Gabriela Natasha Bandeira Olinda; e pela presidente do DCE Celine Dinormanda de Azevedo, que é acadêmica do 7º período do curso de Direito e estagiária da 25ª Defensoria Criminal da DPE-TO.

Semana da Mulher

A palestra da defensora pública Vanda Sueli integrou a “Semana da Mulher” da Unitins, que afirma objetivar, com o evento científico, “celebrar as conquistas femininas, promover a integração entre as estudantes dos mais variados cursos e faculdades e problematizar mazelas, ratificando a importância desses pontos serem debatidos”.

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