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Palestra da Defensoria no Distrito de Luzimangues alerta para os perigos do álcool e drogas

Publicado em 04/09/2019 16:32
Autor(a): Cinthia Abreu
Palestra foi ministrada pelo psicólogo Matheus, da Seciju, para cerca de 100 alunos - Foto: Loise Maria



O crescente índice de consumo de drogas dentre crianças, adolescentes e jovens no Tocantins têm provocado novas edições para tratar deste tema no projeto “Defensoria Pública nas Escolas”, realizado pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO). Na manhã desta quarta-feira, 04, o assunto foi levado a cerca de 100 estudantes da Escola Estadual Beira Rio, na região de Luzimangues, distrito de Porto Nacional.

Estudantes da 2º série do Ensino Médio da unidade escolar, com idade entre 16 e 18 anos, prestigiaram e se envolveram nos debates da palestra “Drogas e o contexto familiar e social”, ministrada pelo psicólogo clínico Matheus Eije Glória, coordenador do Núcleo de Atenção ao Dependente Químico (Acolher), projeto da Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça (Seciju). Para abordar o tema, o palestrante utilizou dinâmicas com músicas, vídeos e um bate-papo interativo com os estudantes.

Um dos pontos apresentados foi a conceituação sobre drogas, onde o psicólogo lembrou que se trata de qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de produzir alterações no funcionamento do corpo. Dentro deste contexto, ele falou sobre os tipos de drogas consideradas lícitas – permitidas socialmente - e ilícitas – onde o porte e tráfico são considerados crimes. Conforme Matheus Eije, a questão social e familiar é muito importante para manter a criança, jovem e adolescente distante das drogas. Segundo ele, pessoas com dependentes na família têm de 40 a 60% mais risco de desenvolver o transtorno e a dependência do álcool e drogas.

As temáticas foram tratadas baseadas no próprio cotidiano dos adolescentes, com casos relacionados à convivência familiar, escola, bairro e sociedade de forma geral. “O narguillé é moda dentre os adolescentes, todos aqui certamente já ouviram falar. Muitos entram na onda pelo cheiro, por influência dos amigos e acham que é nocivo, mas o período de 20 a 80 minutos de inalação correspondente ao fumo de cerca de 200 cigarros”, orientou.

Além disso, o psicólogo falou de pontos como o preconceito e a discriminação da sociedade; dependência química e experimentação; genética e ambiente familiar; e o comportamento indicativo do uso de drogas. “Que vocês façam uma reflexão profunda sobre tudo o que foi exposto nesta manhã e que possam aplicar no seu dia a dia para que evitem serem vítimas deste caminho, da dependência do álcool e drogas”, concluiu Matheus.

Palestra

Esta é a segunda vez que a DPE-TO leva o projeto com o tema de Drogas para a Escola Estadual Beira Rio. A primeira edição aconteceu no dia 28 de agosto, para alunos do 3º ano do Ensino Médio.

Diretor da Escola, Emerson Nogueira afirmou que a unidade escolar solicitou novamente o projeto por entender a importância de se levar o tema para mais estudantes. “Os índices de consumo e tráfico de drogas são muito altos na nossa região. É essencial que os nossos alunos estejam preparados para enfrentar qualquer tipo de influência relacionado ao consumo de drogas. Com este projeto, eles aprendem de forma leve e ainda se protegem”, declarou.

De acordo com a pedagoga Faraildes Rodrigues Miranda, da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep), a parceria com a Seciju surgiu para somar esforços, reforçar o projeto, principalmente na área do consumo de drogas, pois a Secretaria possui profissionais especialistas no ramo, por ter um núcleo especial de atenção à pessoa com dependência química. “A ação é de cunho preventivo, com o intuito de orientar os jovens e adolescentes sobre os perigos e malefícios que as drogas trazem, tanto para a vida pessoal, quanto para o seu núcleo familiar e alertá-los sobre importância de fazer escolhas saudáveis”, pontua.

Projeto

O “Defensoria Pública nas Escolas” é uma realização da Escola Superior da Defensoria (Esdep), com apoio da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), por meio do Núcleo de Atenção ao Dependente Químico (Acolher), e da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).


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