No Dia da Mulher, debate discute desafios profissionais nas carreiras jurídicas em Araguaína

Mulheres enfrentam diversas desigualdades e o mercado de trabalho é um desses desafios. Falar da carreira jurídica foi o objetivo da mesa de debates “Mulheres & Direito”, realizada nesta sexta-feira, 8, data que marca o Dia da Mulher. Na ocasião, a defensora pública Téssia Gomes Carneiro foi convidada a participar, ao lado de advogada, juíza, delegada, entre outras mulheres que puderam explanar sobre suas visões de mundo em suas profissões.

A mediadora do debate, professora Letícia Bittencourt, destacou que a organizadora do evento, Faculdade Católica Dom Orione, pensou não apenas em um dia de homenagem, mas um encontro para discutir questões do interesse de todas que operam o Direito.

Para a defensora Tessia, o 8 de março é sempre sinal de luta. Ela, que é titular da área de família, contextualizou a questão do gênero no seio familiar. “A mulher já foi até considerada incapaz em virtude do casamento. Tivemos que lutar por um estatuto da mulher casada para desfazer a pecha da incapacidade da mulher – assim como a legislação considerava”, refletiu Téssia.

A advogada Marina Alencar falou das prerrogativas da advogada, nos casos de gestantes, como a entrada em tribunais sem passar por detectores de metais e aparelhos de raios x e a reserva de vaga de garagem em tribunais. “São direitos específicos da mulher advogada, mas todos os dias temos que lidar com a violação de direitos de todas”, falou.       

Já a juíza Renata Macor destacou que no judiciário de Araguaína há equilíbrio na magistratura, sendo sete mulheres de um total de 15 membros. Ela também falou da disputa por posições de chefia nos espaços públicos. “A presença feminina é minoria nos cargos de direção. Isso vem de um processo histórico de segregação da mulher, por isso é preciso que as mulheres assumam posições na gestão”, disse.         

Foto: Keliane Vale

Foto: Keliane Vale