Uma paciente do setor de neurocirurgia do Hospital Geral de Palmas (HGP) morreu por falta de acesso ao serviço, conforme foi informado à Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) por médicos que trabalham no Hospital.
A paciente era assistida da DPE-TO, que ajuizou ação a fim de tentar garantir o procedimento que ela necessitava. Conforme o Núcleo Especializado de Defesa em Saúde (Nusa) apurou com os médicos, o óbito foi registrado na semana que antecedeu vistoria realizada pela DPE-TO, Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF) no último dia 16.
“Segundo os profissionais médicos a paciente (...) faleceu no setor na semana passada aguardando por procedimentos cirúrgicos e que, inclusive, a causa do óbito não foi o procedimento cirúrgico diretamente, todavia, de forma indireta, a falta do procedimento causou o óbito da paciente”, consta em relatório da vistoria.
Ainda conforme o documento oficial sobre a vistoria, os médicos mencionaram que a fila de cirurgias está crescente e não há condições de atender todos os pacientes “(...) principalmente pela falta de materiais, equipamentos e leitos de retaguarda”.
A vistoria
Durante a vistoria, realizada no último dia 16, uma lista com o nome de 123 pacientes que aguardavam por procedimentos foi entregue à promotora de Justiça Maria Roseli de Almeida Pery, à procuradora da República no Tocantins Carolina Rosado e ao analista do Núcleo de Atendimento em Saúde (Nusa) da DPE-TO, Paulo Henrique de Oliveira.
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http://www.defensoria.to.def.br/noticia/26946