O coordenador do Núcleo Aplicado de Defesa das Minorias e Ações Coletivas (NUAmac) de Gurupi, defensor público Leandro Gundim, realizou uma vistoria no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III Vida Nova (CAPS AD III), localizado no Setor Pedroso. A ação foi realizada nesta quarta-feira, 21, e alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, lembrado a cada 18 de fevereiro.
O Defensor Público conheceu as novas instalações do CAPS AD III, vistoriou a estrutura do local e conversou com os profissionais. “O Centro conta com uma excelente estrutura física e administrativa, que realiza atendimento 24 horas aos indivíduos que necessitam de tratamento restaurativo para o etilismo e entorpecentes, tanto os que procuram o Centro espontaneamente, ou aqueles encaminhados pelo Hospital Regional de Gurupi ou, ainda, de uma das Unidades de Saúde”, descreveu o Defensor Público, acrescentando: “São 15 leitos para os internos que necessitem do tratamento de 24 horas e 60 leitos para aos que desejarem passar meio período, 12 horas. Fornecem, ainda, alimentação saudável e balanceada durante todo o dia”.
De acordo com o Defensor Público, o quadro de funcionários é bem qualificado.
Os atendidos
A equipe profissional relatou que em razão da maioria dos enfermos não estar no grau mais grave da dependência e realizar o tratamento apenas em determinados períodos do dia ou da semana, no restante do tempo que passam com suas famílias ou vagando nas ruas, eles tendem a ter recaídas e demonstram sinais como sonolência, pesadelos, abstinência (boca seca, agitação), isolamento e alguns casos ficam até depressivos.
Em razão de todo o tratamento ser espontâneo, a coordenadora-geral do CAPS ADIII, Aurélia Ribeiro Nunes, explicou que as pessoas atendidas no Centro podem abandoná-lo e regressarem a qualquer instante, uma vez que permanecem como residentes por um curto período, quando estão em tratamento intensivo e os demais desenvolvem atividades no dia que estão no Centro.
Para o Defensor Público, é preciso observar um viés importante, que é o da aceitação por parte da sociedade dessas pessoas após o tratamento. “Reinseri-los no contexto social é um desafio e uma responsabilidade de todos, vez que aqueles que conseguem efetivar o tratamento estão desempregados, desamparados familiarmente e socialmente. Com a desenvoltura do trabalho realizado pelo CAPS ADIII de Gurupi, já há relatos de casos de residentes que voltaram a estudar e muitos que voltaram a trabalhar após concluir o tratamento, demonstrando que a efetividade da reabilitação é existente e muito eficaz, mas a reinserção social os compromete quando eles se reestabelecem e tem uma recaída quando não são mais aceitos por terem passado por pelo alcoolismo ou pela droga”, enfatizou.
Texto: Rose Dayanne Santana/ Ascom DPE