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Estagiários do Numecon da Defensoria Pública do Estado são capacitados para mediação

Publicado em 18/08/2017 15:40
Autor(a): Cinthia Abreu
Estagiários do Numecon da Defensoria Pública do Estado são capacitados para mediação - Foto: Loise Maria

“Como é bom sair da minha casa e saber que naquele dia eu terei mediação. É incrível pegar um caso onde as pessoas estão desacreditadas, vê-las crescendo, conquistando os seus objetivos e depois caminhando com as próprias pernas.” O depoimento é da estagiária da DPE-TO – Defensoria Pública do Tocantins Poliana Lysike, que atua na Instituição com a mediação de conflitos. Assim como ela, uma equipe de estagiários, voluntários e Servidores estão sendo capacitados pela equipe do Numecon – Núcleo Especializado de Mediação e Conciliação.

O curso acontece durante o mês de agosto em três módulos, nos dias 10, 18 e 31, e segundo módulo acontece nesta sexta-feira, 18. O curso é ministrado pela psicóloga e mediadora e assessora do Numecon, Lane Ruth, que já trabalha com mediação na DPE-TO há cinco anos na Instituição. Segundo ela, a iniciativa teve como finalidade a formação de estagiários, oriundos do recente processo seletivo, como mediadores para desenvolvimento de atividades no Núcleo. “O diálogo é fundamental na mediação, que é marcada pela cooperação e flexibilidade de pensamento e permite trabalhar os aspectos subjetivos do conflito para a construção de soluções de benefício mútuo”, explica Lane Ruth.

Segundo a psicóloga, inserir acadêmicos nas práticas de mediação contribui não só com a formação dos estudantes, como também no contexto da pacificação social. “Quando eles menos perceberem, estarão mediando o seu próprio ciclo de convivência. A mediação beneficia tanto para os mediadores como também os mediados, com uma mudança interior (ou de paradigma) que permite conviver com as diferenças de maneira harmônica”, ressalta.

O defensor público Leonardo Coelho, diretor regional da DPE-TO em Palmas, aponta que a mediação busca promover a solução de conflitos de forma extrajudicial, além de incentivar a cultura da paz. “Eu sou muito entusiasta da mediação e sei que é muito importante investir na cultura de pacificação. Tenho a certeza de que vocês vão se apaixonar pelo trabalho da Defensoria porque você trabalha com a solução de conflitos e depois acompanha um resultado positivo e essa sensação é maravilhosa”, complementa.


NUMECON

Os Núcleos Especializados de Mediação e Conciliação, instalados em nove Diretorias Regionais, têm por finalidade promover a solução extrajudicial dos litígios, visando à composição entre as pessoas em conflito de interesses. Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial, sem poder decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou desenvolver soluções consensuais para a controvérsia.

De acordo com o defensor público Fabrício Akitaya, trata-se de um processo consensual, que pretende uma efetiva harmonização social e a restauração da relação social das partes. “Os acordos extrajudiciais em mediação, assinados pelas partes e pelo Defensor Público têm forma e conteúdo que asseguram a sua validade jurídica; buscam soluções de benefícios onde todos ganham, resolvendo o conflito em um curto espaço de tempo.”

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