O Núcleo Regional da Defensoria Pública em Gurupi iniciou neste mês de abril o projeto “Os primeiros anos de vida e a saúde mental”, direcionado para mulheres grávidas e mães de crianças com até dois anos de idade. O primeiro encontro aconteceu no dia 19 abril com a presença de dez mulheres assistidas pela Instituição e foi realizado pela psicóloga Isabel Cristina Izzo, com a participação da defensora pública Lara Gomides Nóbrega de Sousa.
Segundo a psicóloga Isabel Cristina Izzo, criadora do Projeto, a ideia inicial era desenvolver a prática do holding, ou seja, o cuidado que as mães devem ter no aconchego e manipulação dos seus bebês, objetivando a prevenção de doenças/transtornos mentais que podem vir a ocorrer devido à ausência de satisfação das necessidades dos mesmos, considerando que o vínculo entre a mãe e o bebê assentará as bases para o desenvolvimento saudável das capacidades inatas do indivíduo.
“Apesar de ser esta a ideia inicial, já na primeira reunião do grupo, outras questões foram levantadas e solicitado apoio pelas participantes, como autoestima, cuidado com os filhos em idade escolar, necessidade de realização de laqueadura, violência doméstica, dentre outras. As queixas foram acolhidas e consideradas, com encaminhamento das demandas para as áreas afins. O objetivo dos encontros permanecerá como foco principal, mas todos os temas que emergirem serão trabalhados nas próximas reuniões”, explica.
De acordo com a defensora pública Lara Gomides Nóbrega de Sousa, a ideia do projeto surgiu durante os atendimentos a alguns Assistidos. “Nós verificamos certa dificuldade por parte de algumas mães em lidar e estabelecer vínculos afetivos com seus filhos. Por isso, pretendemos fazer encontros mensais durante todo ano de 2017 com o objetivo de conscientizar sobre a necessidade do ser humano em receber atenção e cuidados nas primeiras fases da vida, além de incentivar o empoderamento das mulheres mães”, destaca.
Conforme a diretora regional de Gurupi, defensora pública Mônica Prudente, com o desenvolvimento desse Projeto, a Instituição contribuirá com a prevenção de possíveis desequilíbrios emocionais nas relações familiares. “Com ênfase na ampliação da saúde mental dos Assistidos, o Projeto é uma forma de trabalhar de forma preventiva, orientando e conscientizando nossos Assistidos, reforçando ainda a nossa missão institucional de promover cidadania e oferecer atendimento de qualidade e humanizado”, ressalta.
Como participar?
Para o primeiro encontro, a equipe convidou mães e grávidas que estavam na sala de atendimento e triagem da Defensoria, além de deixar convite no mural de avisos. “A participação é aberta a todas as mulheres assistidas pela Defensoria Pública. Basta informar durante a triagem o interesse em participar, com dados pessoais e contato, que entraremos em contato informando a data do próximo encontro”, explica a assistente social Ivone de Sousa Carvalho Viana.
Texto: Rose Dayanne Santana