Palestra educativa em comunidade do interior do Tocantins, concurso de redação para crianças de escolas públicas, lançamento de projeto de ressocialização para mulheres privadas de liberdade e debate com estudantes universitários. A agenda em homenagem à mulher nesta terça-feira, 8, da DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins, foi bastante agitada. A programação, porém, segue até final do mês, com palestras, cursos, apresentações culturais, atividades educativas e atendimentos especializados.
A defensora pública Isabella Faustino, coordenadora do NDDH – Núcleo Especializado de Defesa dos Direitos Humanos, ministrou palestra sobre o direito das mulheres no CRAS – Centro de Referência de Assistência Social em Tocantínia, em parceria com a Secretaria Municipal de Integração Social. “A minha abordagem foi sobre as questões históricas que envolvem o tema do Dia Internacional da Mulher. A intenção foi a de reforçar a reflexão sobre a luta das mulheres, a necessidade de ações efetivas com vistas a assegurar a igualdade de gênero, os direitos humanos e a não discriminação”, explica a Defensora Pública.
A coordenadora do Nudem – Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher, defensora pública Vanda Sueli Machado, participou de uma série de atividades em homenagem às mulheres. Segundo ela, a intenção é promover para diferentes públicos a reflexão sobre os direitos da mulher. Além da agenda institucional da Defensoria Pública, há uma série de ações formatadas por meio de agenda integrada com outros órgãos públicos e empresas privadas.
Educação
Uma delas foi mais uma ação do programa “Viva Mulher”, por meio do concurso de redação que recebeu o título de “Pelo fim da violência contra as mulheres”. O objetivo é o de conscientizar os alunos e professores pela igualdade de direitos. O lançamento do concurso aconteceu na quadra de esportes da Escola Estadual Maria dos Reis Alves Barros, no bairro Taquari, e contou com palestras e apresentações culturais alusivas ao Dia Internacional da Mulher.
Na ocasião, a Defensora Pública ministrou palestra sobre as temáticas que envolveram a garantia dos direitos das mulheres, a Lei Maria da Penha e a importância da denúncia de abusos e violência contra o público feminino. “Existem países onde as mulheres são proibidas de votar, de dirigir, de se manifestar, de ir às ruas e dependem exclusivamente da submissão dos homens. São direitos como esses que nós devemos pensar em uma data como a de hoje”, destacou. O evento contou ainda com a participação da delegada da mulher, Maria Aidê Chaves Guimarães Aguiar, da gerente de Educação para a Diversidade da Seduc, Rosimar Mendes da Silva, e do superintendente de Desenvolvimento da Educação, Divino Mariosan.
Ressocialização
Promover a dignidade e a ressocialização de mulheres em situação de privação de liberdade é o objetivo do projeto “Arte Para Crescer”, um selo que vai promover produtos de artesanato feitos pelas reeducandas da Unidade Prisional Feminina de Palmas. Para lançá-lo, uma loja foi aberta na tarde de terça-feira, 8, no segundo piso do Palmas Shopping, e a solenidade contou com a presença da defensora pública Vanda Sueli Machado. A iniciativa é inspirada no projeto “Bazar Três Pontos”, da DPE-TO, e é coordenada pela Secretaria Estadual de Cidadania e Justiça. Segundo Vanda Sueli, o projeto vai dar identidade aos produtos artesanais feitos por mulheres que cumprem pena no sistema prisional.
Universidade
No início da noite de terça-feira, 8, foi a vez dos universitários aprenderem um pouco mais sobre a história de luta e resistência das mulheres, e ainda sobre os seus principais direitos. Estudantes da Faculdade Católica do Tocantins lotaram o auditório da Instituição para participar da Mesa Redonda do Dia Internacional da Mulher, que contou com participação da defensora pública Vanda Sueli Machado, da diretora de políticas para as mulheres do Tocantins, Ana Maria Guedes e da professora de Ciência e Religião da Faculdade Católica, Irmã Marcevânia Procópoio de Souza. A programação sensibilizou os acadêmicos para discutir problemas do gênero, especialmente a questão da violência doméstica cujas estatísticas apontam para índices crescentes.
Na ocasião, a defensora falou sobre o trabalho realizado pelo Nudem em defesa dos direitos da mulher e relembrou índices de violência contra a mulher no Tocantins. “Precisamos conscientizar a mulher e o homem como integrantes da sociedade sobre as questões de gênero e que envolvem a violência no intuito de esclarecer e trazer à tona a importância da igualdade de gênero”, esclareceu Vanda Sueli. Para a Defensora Pública, é fundamental levantar a discussão sobre a violência para estudantes. “A universidade pode contribuir em muito no sentido da construção do conhecimento que respalde uma intervenção séria e que objetive fortalecer a autonomia feminina”, conclui.