A inteligência emocional é um dos principais fatores para se obter sucesso nas relações pessoais, interpessoal e para a automotivação. O desenvolvimento da inteligência emocional é muito importante na prática de mediação de conflitos, pois gera autogestão, consciência social e maior probabilidade no alcance de objetivos e metas. Este foi o foco do evento “Mediação como forma de solução de conflitos e inteligência emocional”, que aconteceu nesta sexta-feira, 3, no auditório da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO), em Palmas.
A programação foi voltada para membros, servidores e estagiários da instituição, além da comunidade externa, e trouxe como temática “Mediação como forma de solução de conflitos e inteligência emocional”. O evento é uma realização da DPE-TO, por meio da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep). Para o defensor público Neuton Jardim, diretor da Esdep, o momento é uma oportunidade para os participantes aprimorarem as técnicas de mediação, como forma de resolução de conflitos. “Buscamos profissionais capacitados para fomentar o desenvolvimento de habilidades pessoais, por meio de técnicas de inteligência emocional”, disse Neuton Jardim.
O defensor público aproveitou a ocasião ainda para agradecer aos membros e servidores de cada setor que se envolveram e firmaram as inscrições na atividade. “Ter metas a cumprir é importante, mas manter o envolvimento para buscar a reflexão para a solução de conflitos para desenvolver habilidades é ainda mais essencial”, declarou.
Mediação de conflitos
A primeira palestra da tarde foi ministrada pela advogada e mediadora de conflito Paola Lazzaretti Victor, que falou sobre “A mediação como forma de solução de conflitos”. Paola já trabalhou há mais de dez anos na instituição, na câmara de conciliação e atualmente trabalha com a mediação privada. Na ocasião, ela expôs assuntos práticos que envolveram mediação como o caso do Centro de Treinamento do Flamengo e do dia a dia como profissional no Estado.
Um resgate e panorama histórico até a atualidade também foi apresentado pela palestrante, a partir de assuntos como conjunto de técnicas de comunicação, características de um bom mediador, aspectos legais e históricos sobre mediação e conciliação a partir da constituição de 1988, Lei da Mediação (2015) e crise no Estado de jurisdicação, dentre outros destaques. Para Paola, na mediação de conflitos é muito importante o empoderamento das partes. Ao final, a mediadora concluiu a palestra citando Luis Alberto Warat de que ‘fazer fazer mediação nada mais é do que viver e ter o direito de ficar só, mas também ter o direito de compartilhar com os outros as nossas angústias’. “Ele termina, então, dizendo que mediação é amor, e eu concordo”, concluiu a palestrante.
Inteligência Emocional
Já o terapeuta renascedor Luiz Neto ofereceu ao público presente a palestra “Inteligência Emocional e o Seu Desenvolvimento Pessoal e Interpessoal”. Na ocasião, ele apresentou de forma dinâmica e envolvente com o público sobre inteligência emocional. “A inteligência emocional é a capacidade de autoconsciência e empatia para motivar e gerir nossas emoções pessoais e em relacionamentos”, declarou.
O empresário na área de treinamento para desenvolvimento Humano e Gestão Empresarial destacou ainda que ter inteligência emocional não significa ser uma pessoa extremamente passiva e evitar conflitos. Segundo o palestrante, uma das principais habilidades para a inteligência emocional é a flexibilidade cognitiva, a capacidade de negociação, orientação para servir, julgamento, tomada de decisões e criatividade. “É impossível para um homem aprender aquilo que ele acha que já sabe”, citou Luis Neto, ao parafrasear o pensador Epicteto.