Live Defensoria estreia nas redes sociais da DPE-TO com abordagem sobre violência obstétrica

Diversos assuntos relacionados à violência obstétrica foram abordados durante entrevista concedida ao vivo pela coordenadora do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Nudem), defensora pública Franciana Di Fátima Cardoso, na estreia do projeto “Live Defensoria”. Em um bate papo descontraído e informativo, várias pessoas conectadas às redes sociais da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) puderam trocar experiências e tirar dúvidas sobre o tema.

A Defensora Pública explicou o que é considerado violência obstétrica; casos em que esse tipo de violência acontece; disse que os casos não acontecem apenas durante o parto; informou que é direito da gestante ter um acompanhante no momento do parto; falou sobre episiotomia e a manobra de Kristeller; e esclareceu como e onde é possível denunciar. As abordagens foram feitas a partir de perguntas enviadas durante a transmissão ao vivo (live).

Uma das participantes, que enviou sua pergunta por mensagem privada pedindo para não ser identificada, disse que foi vítima de violência doméstica quando teve negada a entrada do seu acompanhante durante o parto.  Segundo Franciana Di Fátima, o fato relatado pela participante da live revela uma postura ilegal do hospital. “O hospital não pode impedir isso alegando regimentos internos. Não permitir que a parturiente tenha um acompanhante de sua livre escolha, inclusive de ser também acompanhada por uma doula, que é a profissional da confiança dela para lhe dar assistência, configura uma violência obstétrica”, informou.

Ao orientar sobre denúncias, a Defensora Pública explicou como as mulheres devem agir: “É importante que a mãe faça o seu registro. O acompanhante anote detalhadamente cada fato ocorrido, cada ação praticada pelas pessoas que estão envolvidas nesse atendimento para que depois ela possa procurar ajuda, orientação jurídica e tomar as providências cabíveis”, acrescentou, informando que o Nudem pode ajudar as mulheres que precisarem de orientação jurídica. 

Para ver ou rever a entrevista, acesse as redes sociais da Defensoria Pública no Facebook e no Instagram. Nas duas redes a DPE-TO está com o perfil “defensoriato”.

Em defesa delas

O lançamento do projeto Live Defensoria integra a programação especial da Semana Defensoria, com atividades em referência ao Dia Nacional da Defensoria Pública e ao Dia Nacional das Defensoras e Defensores Públicos, datas celebradas anualmente em 19 de maio.

O tema escolhido para a estreia – violência obstétrica – atende a um dos eixos da campanha nacional da Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos (Anadep) que tem como tema “Em defesa delas: defensoras e defensores públicos pela garantia dos direitos das mulheres”.

Live Defensoria

O projeto Live Defensoria é uma iniciativa da Assessoria de Comunicação (Ascom) da DPE-TO e prevê a realização de transmissões ao vivo (live) nos perfis oficiais da Defensoria no Facebook e Instagram, sempre apresentando uma entrevista com uma defensora ou um defensor público sobre temas relacionados à atuação da Defensoria Pública.

Ampliar a divulgação dos parâmetros para deferimento de assistência jurídica integral e gratuita na DPE-TO, atuar como fonte de informação segura e disponibilizar informações sobre o papel e a atuação da Defensoria Pública em defesa dos direitos do cidadão estão entre os objetivos do Projeto.

Todas as entrevistas do projeto Live Defensoria ficarão arquivadas para livre acesso nas redes sociais da Defensoria (Facebook e Instagram) e também no Youtube, formando, com isso, uma biblioteca virtual com todo o conteúdo divulgado.

O projeto tem a supervisão da chefe do setor de Comunicação da Defensoria, a jornalista Cléo Oliveira, e está sob a gerência da coordenadora de Publicidade e social mídia da DPE-TO, a jornalista Patrícia Ströher.

Primeira live

A entrevista de estreia do Projeto foi conduzida pela coordenadora de Jornalismo da DPE-TO, a jornalista Gisele França. “Foi uma ótima experiência porque permitiu que a comunicação da Defensoria fosse ainda mais direta com as pessoas assistidas”, disse.

A transmissão ao vivo alcançou, durante seus 55 minutos de duração, mais de 300 pessoas conectadas à DPE-TO por meio das redes sociais. Para Patrícia Ströher, o número é positivo principalmente pelo fato de que a live não foi patrocinada. “A Defensoria não utiliza mecanismos pagos de impulsionamento nas redes sociais. Isso significa que todo o envolvimento e engajamento que a Defensoria recebe em seus perfis são orgânicos”, destacou.