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Vistoria da DPE-TO detecta falta de oxímetro e material de higienização no setor de UTI do HGP

Publicado em 03/08/2017 17:02
Autor(a): Cinthia Abreu
Vistoria da DPE-TO detecta falta de oxímetro e material de higienização no setor de UTI do HGP - Foto: Niceia Menegon

O setor de UTI – Unidade de Terapia Intensiva concentra alguns dos problemas mais graves detectados na vistoria feita pela DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins no Hospital Geral de Palmas, na manhã desta quinta-feira, 3. A iniciativa faz parte de uma ação conjunta da Comissão Temática de Saúde da Anadep - Associação Nacional dos Defensores Públicos realizada em outros nove Estados (AM, MG, RJ, PA, PE, RN, BA, MT e PB) em razão do Dia Nacional da Saúde, celebrado no próximo sábado, dia 5.

No Tocantins, a vistoria no Hospital Geral de Palmas foi realizada pelos defensores públicos Arthur Luiz Pádua Marques, da 30ª Defensoria Pública da Saúde e Núcleo de Defesa da Saúde - NUSA, e Fabrício Dias, presidente da Adpeto – Associação dos Defensores Públicos do Estado do Tocantins. No setor de UTI foi detectado problemas de higienização, com a fala de material básico como sabão e álcool para o uso da equipe médica, de enfermagem e de pacientes ou familiares que frequentam o setor. No local também há latas de lixeiras inadequadas, com lixeiras de plástico e sem tampa, onde são descartadas materiais como fezes e urinas.

O material de limpeza também é único para todo o setor de UTI e banheiros. “Este é um setor com muito risco de infecção, com muitas bactérias. Uma vassoura que é utilizada nessa sala não pode ser repassada diretamente com a mesma água e detergente para outra, assim só estão transferindo as bactérias de um setor para o outro”, explicou representante de equipe médica no setor. Um total de 14 monitores de oxímetros estão com defeitos no setor de UTI, o que impede a exposição de informações sobre uma possível parada cardíaca e possível detectar porque o monitor com defeito não informa”, informou


Vistoria

Além desses, foram detectados na vistoria problemas antigos como falta de leitos de UTI, pacientes com escaras graves no corpo sem cama hiperbárica, a falta de insumos, materiais básicos e roupas adequadas para equipe médica, falta de cobertor, lençóis, farmácia hospitalar do 2º andar que não funciona no período noturno por falta de profissionais, sala de repouso e banheiros inadequados para funcionários na UCI, escala de profissionais não fecha. Conforme os defensores públicos que atuaram na vistoria, os problemas mais graves de falta de materiais não estão em equipamentos caros, mas em materiais baratos como lâminas que custam apenas 0,90 para realização de procedimentos. Apesar da inauguração das novas instalações anunciadas pelo Estado, ainda há cerca de 40 pacientes nos corredores do hospital.

A equipe do NUSA – Núcleo de Defesa da Saúde e da 30ª Defensoria Pública de Saúde da Capital conversou com os profissionais e recolheu expedientes administrativos sobre as irregularidades, e será elaborado um relatório detalhado da vistoria. Todas as irregularidades apuradas já são objetos de ações propostas pela Defensoria Pública e demais órgãos de controle.


Ação

As visitas in loco têm por objetivo inspecionar as instalações das unidades hospitalares de todo País, verificando como está o acesso aos serviços de saúde e atendendo as principais demandas que chegam à Defensoria Pública, informa a ANADEP. Em Palmas, o trabalho é coordenado pelo defensor Arthur Luiz Pádua Marques, da 30ª Defensoria Pública da Saúde, e que recentemente assumiu a coordenação da Comissão Especial de Saúde da Anadep. O grupo vai seguir um protocolo o qual vai estabelecer os setores e itens que serão vistoriados pelos representantes das Defensorias Públicas Estaduais. O protocolo foi criado pelo Nusa – Núcleo Especializado de Defesa da Saúde da Defensoria Pública do Tocantins. O cronograma prevê ainda atividades judiciais e extrajudiciais com o Estado e municípios, dependendo de cada necessidade encontrada.

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