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Ser Mulher é...

Publicado em 21/09/2020 09:36
Autor(a): Autor não informado
Ser Mulher é... - Foto: Autor não informado

* por Ana Karollinny Freitas e Elisama Oliveira 


MULHERES X PANDEMIA


Meu caro leitor amigo

Fique atento no que verás

É um assunto atual

Que aqui encontrarás

Grave bem estas palavras

E no final entenderás


São muitas as tragédias

Grande parte é de dor

Têm os dois lados da história

A vítima e o agressor

 Há quem defenda o mal

E diga que é por amor


O assunto que falaremos

Fala sobre o “bem me quer”

Do tratamento ofertado

Por muitos Raimundos e “Zés”

Das violências domésticas

Aplicadas à mulher


Devido à pandemia

Pelo Corona instaurada

Todos estão isolados

Trancados dentro de casa

Só saem para trabalhar

Para que não falte nada


As esposas são quem sofrem

Com a rotina diária

Do marido e dos filhos

São como presidiárias

Outras sofrem violência

A situação é precária


O maltrato doméstico

Com o tempo vem aumentando

Na situação atual do mundo

Nada disso está mudando

O contrário acontece

A cada dia piorando


Com o povo todo em casa

Devido à pandemia

 Muitas mulheres passam

 Por tamanha agonia

Trabalhando como escravas

São quem cuidam da família


Na maioria dos casos

Elas quem trazem o sustento

Trabalham todos os dias

Sem descansar um só momento

Mesmo assim muitas preferem

Que acabe o isolamento


Em casa são exploradas

Nenhuma ajuda recebem

Os parceiros, muitas vezes

 Delas não se compadecem

Aumentando a pressão

E as famílias não percebem


É uma grande tortura

Viver nesse sofrimento

Aguentar a violência

Física ou xingamentos

E, muitas vezes, não denunciam

Por sofrer constrangimento


Violência psicológica

Sofrem a todo momento

Privação de ir e vir

Ficam sob isolamento

Chantagens e agressões

Sofrem em todo tempo


São desmoralizadas

 Em casa e em lugares públicos

Ficam envergonhadas

Por ouvir esses insultos

E ainda recebem a culpa

Se usam vestidos curtos


Ser mãe e dona de casa

Não é para qualquer pessoa

Trabalhar e estudar

E ser uma esposa boa

Carregar todo um fardo

E nunca ficar à toa


Ouvem queixas da família

 Por querer sair das “garras”

Não suporta toda a dor

E a violência que as amarra

Os parentes viram o rosto

Não gostam das divorciadas


Não somos a par do divórcio

Mas também não concordamos

Com uma vida de dor

Ou desacordo com quem casamos

Cada parceiro merece

Respeito, e por ele, lutamos


Trabalhando o dia inteiro

Sem ganhar nenhum tostão

Em casa são as domésticas

 Devem ao parceiro satisfação

 É triste a realidade Ninguém merece essa prisão


Não poder sair de casa

Em meio essa calamidade

Muitas sofrem vendo os filhos

Passar por necessidade

A sobrevivência do lar

É dela a responsabilidade


Quando violentadas

Não ousam denunciar

Por medo ou por opressão

Para casa tornam a voltar

 E o ciclo vicioso

Tornam a realizar


Existem várias formas

De chamar a violência

Deixam mulheres frágeis

E acontece com frequência

A luta já é antiga

Para as mulheres “sobrevivência”


Querido leitor, escute

Esse drama é real

Violência contra mulher

É uma coisa fatal

Nós, os filhos da poesia,

Lutamos contra esse mal


Amantes da poesia

 Encerramos com estima

 Esse trabalho em cordel

É um projeto de rima

Juntos com a Universidade

O Cordel roda em Araguaína


* Alunas do Curso de Letras, participantes no projeto de extensão “O cordel roda em Araguaína”)

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