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Os olhinhos não acreditavam no que viam, de dentro de um carro surgiu um senhor de cabelos e barbas brancas carregando um enorme saco cheinho de presentes. Com essa visão meninos e meninas do abrigo Raio de Sol deixaram para trás um triste pensamento, que povoava a mente dos pequeninos e fazia com que lágrimas corressem pelos rostinhos: que Papai Noel não existia e por isso elas iam ficar sem ganhar presentes de natal.
A experiência da alegria e felicidade dos pequeninos foi vivenciada pela defensora pública Luciana Oliani Braga que há 20 dias esteve no local e constatou a triste realidade das crianças bem como o descontentamento de cada uma deles.
Diante da tamanha desolação, a atuação foi uma só, mostrar para as crianças que a fé, esperança, o amor ao próximo e a fraternidade existem no coração de muitos adultos. Para elas foi dada a missão de escrever ao bom velhinho falando da vida, dos sonhos, dos desejos e vontades para o natal.
De posse das cartinhas, o trabalho foi de mobilização. Tarefa fácil, pois como não se comover com a pureza das crianças? Em pouco tempo os presentes foram chegando, e a missão sendo cumprida, e o hoje pela manhã foi o encerramento com final feliz dessa história que teve lágrimas, encantamento, doação, mobilização e principalmente muito amor e carinho daqueles que se envolveram e puderam proporcionar um momento diferente aos pequeninos.
“Fiquei muito feliz, foi um prazer realizar o sonho das crianças - a maioria com idade entre zero a quatro anos - e ouvir delas que o papai Noel esteve lá e trouxe exatamente o que elas escreveram nas cartinhas. Agradeço aos Servidores e Membros da Defensoria Pública do Tocantins, ao pessoal da vara da infância e a juíza que se comoveram e contribuíram para a compra dos presentes, e em especial ao analista que trabalha comigo, pois abraçou a ideia e ajudou a realizar esse momento especial”, destacou a defensora pública Luciana Oliani Braga.
Texto: Alessandra Bacelar
