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Livros são para ler, não para guardar

Publicado em 02/02/2015 13:04
Autor(a): Autor não informado
Assistida da DPE em Araguaína confere livros disponíveis na biblioteca. - Foto: Keliane Vale

Costumamos guardar algo de valor, não apenas pelo que custa monetariamente, mas pelo valor sentimental. Os livros podem se tornar algo especial para se guardar, como um livro lido na infância, um livro presenteado, um livro que toca ao coração. E não seria exatamente isto que nos levaria a compartilhar algo tão especial com outras pessoas?

O verbo guardar, segundo o Dicionário Aurélio, significa conservar em poder próprio, manter, não revelar, ocultar. Já os antônimos desapropriar, ceder, divulgar, desvendar vão ao encontro do verbete libertar e do conceito do “livro livre”, ideia compartilhada por pessoas comuns que acreditam no poder da leitura.

Leitores solidários que se identificam com esta ideia dão continuidade a uma verdadeira “corrente da leitura”. É o caso do acadêmico Lucas Rocha Lopes, estagiário da DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins, ele doou cerca de 30 livros de diversos títulos para o projeto “Biblioteca em Movimento: Conhecimento que fica, livro que segue”, na unidade em Araguaína. “Já estava na hora de doar os livros, alguns eu tinha desde a infância. Fico feliz em contribuir com este projeto”, revelou o estagiário. 

Assim como Lucas, várias pessoas se mobilizaram para desencaixotar livros, tirar a poeira e passá-los para frente. Na unidade de Araguaína foram recebidas mais de 100 obras literárias e não literárias. Conforme a gerente de Núcleo Rozani Chavier, responsável pelo projeto “Biblioteca em Movimento” em Araguaína, as prateleiras já estavam vazias. “Com as novas doações, poderemos dar continuidade ao movimento de incentivo à leitura. É uma ideia simples que precisa de pessoas solidárias para dar certo”, completou a gerente.

O projeto está funcionando em Araguaína desde agosto de 2014, quando recebeu 70 livros. As novas obras foram disponibilizadas nas estantes fixadas nos espaços de espera da Instituição. Todas as obras podem ser manuseadas, lidas ou levadas, a critério do leitor. Por isso, os empréstimos são gratuitos, a devolução é optativa e pode ser feita em qualquer unidade da Defensoria Pública no Estado. E ainda, o leitor pode deixar o exemplar em espaços públicos: ponto de ônibus, praças, rodoviárias e outros, para que outras pessoas possam também usufruir do livro.

O espaço da biblioteca foi bem proveitoso para a estudante L.B.D, 27. Enquanto aguardava atendimento na DPE-TO, a Assistida começou a ler uma obra de Divaldo Franco (O jovem que escolheu o amor) e ficou surpresa em saber que poderia levá-la para casa e continuar a leitura em casa. “Gosto de ler, sou curiosa e achei a idéia muito legal, porque leva as pessoas a desenvolverem o hábito da leitura. Já que estamos esperando mesmo, não custa nada ler”, recomendou.

Doações

Doações de obras diversas, advindas dos Membros e Servidores da Defensoria, bem como dos seus Assistidos ou de outros doadores, podem ser feitas nas sedes da DPE-TO em todo o Estado. Posteriormente, as obras serão catalogadas e identificadas como parte do acervo do Projeto Biblioteca em Movimento.

Projeto

O objetivo é estimular a leitura e proporcionar momentos de lazer e cultura às pessoas que procuram atendimento na Instituição. O projeto é executado desde novembro de 2013, em Palmas, e segue expandindo para outras comarcas. As sedes regionais da DPE em Araguatins, Tocantinópolis, Araguaína, Guaraí, Paraíso, Palmas e Porto Nacional já executam o projeto e ainda este ano será implantado nas sedes regionais em Gurupi, Dianópolis e também em Brasília.

 

Texto: Keliane Vale

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