Neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, as assistidas pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) em Araguaína puderam se expressar sobre a representatividade da data e também refletir sobre a situação da mulher na sociedade. Ainda no Norte do Estado, em Wanderlândia, a 420 Km de Palmas, uma programação em alusão ao Dia Internacional da Mulher também foi realizada.
Em Araguaína houve a exibição de um curta-metragem e também um acolhimento durante o aguardo do atendimento. A defensora pública Aline Mendes de Queiroz enfatizou que a programação teve o objetivo de discutir os direitos das mulheres.
Uma das assistidas disse que entre as maiores preocupações está a violência doméstica. “Eu vivi, eu sofri, mas consegui me defender e me libertar. Nós não podemos jamais aceitar”, destacou.
O debate, intermediado pela equipe multidisciplinar do Núcleo Regional de Araguaína, contou com a participação de cerca de 30 mulheres.
Em Wanderlândia, a 420 km de Palmas, o coordenador do Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas (NUAmac) de Araguaína e titular da comarca, defensor público Sandro Ferreira, participou da programação promovida pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), onde cerca de 60 mulheres atendidas pelo Centro falaram sobre o tema “violência contra a mulher”.
O evento conciliou várias falas, segundo o Defensor Público. “Quanto à Defensoria Pública, tentando trabalhar a prevenção das situações de violência, incentivamos que as mulheres se posicionem desde a mais tênue violação de direitos, em um raciocínio de que o contexto da violência se inicia com a apropriação dos espaços tanto no mercado de trabalho, como no lar, nos ambientes educacionais, de submissão das vontades da mulher às do homem. A cada momento que a mulher abre mão de uma possibilidade de fala, ou aceita uma violência de direito que entende não tão relevante, ela amplia o universo de opressão, e cada vez mais agravado, chegamos às situações limites de violência física”, disse.