Grupo de orientação sobre família, divórcio e parentalidade tem início na DPE, em Palmas

Famílias assistidas pela Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) participaram do Grupo de Orientação sobre Família, Divórcio e Parentalidade, realizado pela Equipe Multidisciplinar de Palmas, na sede da Instituição. Nesta primeira edição, realizada no último dia 28, participaram 11 pessoas, entre pais e mães, que procuraram a Defensoria por estarem vivenciando algum tipo de conflito relacionado ao processo de guarda dos filhos.

“Nosso objetivo é ofertar subsídios às famílias que enfrentam conflitos familiares relacionados à guarda, divórcio ou dissolução da união estável, a buscarem resoluções extrajudiciais e proporcionar uma efetiva e saudável relação parental junto aos filhos. São conflitos que podem ser resolvidos por meio do diálogo a exemplo da mediação, evitando, portanto a judicialização”, explicou a coordenadora da Equipe Multidisciplinar da DPE em Palmas, Elma Souza.

Para as atividades, as famílias são divididas em dois grupos: um formado pelos requerentes (os genitores que procuraram a Defensoria Pública) e outro pelos requeridos. Os encontros ocorrem em horários distintos. Em formato de roda de conversa, a equipe formada por assistentes sociais e psicólogos, repassa orientações diversas referentes ao instituto da guarda, seja compartilhada ou unilateral, as relações parentais e alienação parental, assim como as responsabilidades dos genitores e os direitos da criança envolvida no processo de divórcio ou dissolução de união estável.  As profissionais que executaram a atividade nesta primeira edição são as assistentes sociais Cleonice Carteri e Jórcia de Sousa Castro Silva, e a psicóloga Leiliane Peixoto Negreiros.

“No Grupo de hoje eu tirei várias dúvidas sobre guarda compartilhada. Eu tinha uma visão totalmente diferente do que seria. Eu pensava que a guarda compartilhada tinha que ficar a criança uns dias comigo e uns dias com o pai, mas elas explicaram bem como funciona, de forma dinâmica e bem exemplificada”, relatou a assistida Paula Patrícia Alves Barbosa, 31 anos.

Segundo a assistente social Jórcia, é neste sentido que o Grupo pretende funcionar: orientando os assistidos para a tomada de consciência e o estabelecimento do diálogo. “Nós estamos ofertando um trabalho de orientação e esclarecimentos sobre a temática que envolve principalmente a guarda e as obrigações parentais. A nossa expectativa é que, ao tomar posse desses conhecimentos, os pais busquem a atender o superior interesse dos filhos. Neste processo o diálogo e o respeito são fundamentais para se chegar a um consenso, e ao final, todos ganham. Isso é muito bom, pois a criança a qual consideramos o sujeito mais importante neste contexto, além de poder viver em um ambiente familiar saudável, terá menos dificuldades para enfrentar a separação dos pais”.

Primeira edição
De acordo com a equipe, nesta primeira edição já foi possível identificar um retorno positivo das pessoas que participaram. “Tivemos um bom retorno, eles interagiram, refletiram, passaram por esse processo de tomada de consciência. Alguns permaneceram após o término para tirar dúvidas, sobre pontos específicos, a exemplo de um pai que veio à Defensoria Pública para pedir a guarda dos filhos, mas ao final das orientações tomou consciência que o momento talvez não fosse oportuno”, destacou a psicóloga Leiliane.

Como participar
Todos os pais e mães que participaram desta primeira edição buscaram atendimento na Central de Atendimento à Família (CAF) para iniciar processo de guarda. Em seguida, foram encaminhados à Equipe Multidisciplinar para os devidos atendimentos técnicos e em paralelo foram orientados a participar do Grupo.

As famílias encaminhadas que demonstrarem interesse em participar, serão agendadas para as sessões de Grupo, que devem acontecer nas últimas quartas-feiras de cada mês.