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DPE-TO pede criação de protocolo de atendimento de pessoas trans no HDT-UFT

Publicado em 26/06/2017 11:24
Autor(a): Keliane Vale
DPE-TO pede criação de protocolo de atendimento de pessoas trans no HDT-UFT - Foto: Ascom HDT-UFT

Os serviços de saúde vêm passando por um processo de humanização que contempla o atendimento a pessoas trans. Em grandes centros do Brasil já existem ambulatórios especializados para esta população. Considerando a estrutura do HDT-UFT – Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins, a DPE-TO – Defensoria Pública do Estado Tocantins pede a criação de protocolo de atendimento de pessoas trans na unidade.

Nesta sexta-feira, 23, o pedido foi protocolado durante visita técnica do presidente da Ebserh – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, Kleber Morais, às instalações da unidade. Na ocasião, o presidente anunciou a liberação de recursos na ordem de R$ 600 mil para obras de reforma da área assistencial e adequação das enfermarias da unidade.

Para o defensor público Sandro Ferreira, coordenador do NUAmac – Núcleo Aplicado de Minorias e Ações Coletivas da DPE-TO, em Araguaína, o HDT-UFT tem as condições propícias para o atendimento. “Os serviços similares, potencialidade de recursos humanos, junto ao hospital, e a importância de ampliação do rol de atribuições da unidade a fim de reafirmar a região norte como polo de excelência em prestação de serviços públicos, torna o HDT-UFT ideal para criar o serviço”, considerou o coordenador.

A importância de um atendimento especializado para pessoas trans tem o objetivo de garantir a segurança e atendimento de saúde adequados a esta população, acolhendo os usuários sem discriminação, com uso do nome social, bem como assegurando procedimentos de saúde necessários aos processos de transformação física, entre outras condições de saúde.

Atrato

Ainda neste mês de junho, o vice-presidente da Atrato – Associação de Travestis e Transexuais do Tocantins – em Araguaína, Fernando Vieira, esteve na Defensoria Pública para destacar a alta demanda de pessoas trans, que necessitam de atendimento ambulatorial especializado. Segundo Vieira, a demanda poderia ser ampliada às pessoas que não possuem acompanhamento médico ainda, sendo que o HDT-UFT já atende entre duas e cinco pessoas trans por dia, moradoras de Araguaína e região, conforme ele informou.

“No Tocantins, a situação é de total abandono, temos direito à assistência médica especializada pelo Sistema Único de Saúde, porém não houve ainda efetividade. Como toda medicação de uso contínuo traz riscos à saúde, incluindo câncer, as pessoas trans também precisam ser acompanhadas na hormonioterapia; além do tratamento das pessoas trans portadoras de IST - Infecções Sexualmente Transmissíveis e HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana. Essa população precisa ser atendida no serviço de saúde de forma humanizada, através do nome social, e os profissionais de saúde também precisam de formação para entenderem essa especificidade", afirmou o vice-presidente da Atrato.


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