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Bazar Três Pontos pode ser conferido em supermercado de Araguaína

Publicado em 15/04/2016 16:57
Autor(a): Keliane Vale
Bazar Três Pontos pode ser conferido em supermercado de Araguaína - Foto: Keliane Vale

Ao fazer as compras nesta sexta-feira e sábado, 15 e 16, os clientes do Atacadão Campelo em Araguaína poderão conferir as peças de artesanato de crochê confeccionadas pelas reeducandas da Cadeia de Babaçulândia. A exposição é realizada pelo Bazar Três Pontos, projeto da DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins, das 8 às 20 horas.

A parceria garante que mais pessoas conheçam as peças e as vendas sejam alavancadas. Esta é a terceira vez que o as peças do Bazar são expostas nas instalações do supermercado, tendo em edição anterior superado as expectativas de comercialização. O artesanato produzido pelas reeducandas tem variedade de cores, tamanhos e modelagem e poderão ser adquiridos a preços populares, como um porta-objeto de R$15,00, além de outros produtos mais trabalhados sendo ofertados a partir de R$100,00.

Além da qualidade dos produtos, o defensor público Sandro Ferreira ressalta que a população, ao realizar a compra das peças, incentiva a continuidade do projeto e a ressocialização.

A reeducanda Edite Farias Ribeiro, 44, falou da gratificação em expor as peças. “Sempre gostamos quando tem exposição, tem muita mãe que ajuda suas famílias com o dinheiro dessas vendas, sou mãe de oito, estou entre as que mais vendem, desde os 14 anos faço crochê para uso pessoal, agora é minha fonte de renda. Estar aqui também é sentir um pouco de liberdade”, afirmou a reeducanda sobre poder comercializar as peças que produziu. Em cada edição do bazar, as próprias reeducandas ficam responsáveis pela comercialização dos produtos; a saída da unidade prisional é concedida pelo juiz de execução penal.

Bazar

Os pilares do projeto Bazar Três Pontos é a remição da pena, geração de trabalho e renda para os reeducandos do sistema prisional. Toda a renda proveniente das vendas das peças é integralmente repassada aos reeducandos que produzem para o Bazar. Com o ganho proveniente das vendas, eles poderão adquirir materiais para produzir novas peças, custear alimentação complementar na unidade prisional, material de higiene pessoal, bem como garantir ajuda aos familiares.

Novas edições do Bazar serão organizadas pela equipe multidisciplinar da Defensoria Pública em Araguaína, composta pelas assistentes sociais Fernanda Cristina Campelo e Maria Geovanísia Mendes, a pedagoga Gislene Moreira e a psicóloga Vanessa Sales. A expectativa é realizar uma vez por mês o Bazar, realizando exposições itinerantes para levar os produtos artesanais ao conhecimento do maior número de pessoas, dando visibilidade à confecção dos reeducandos e tornando acessível à população adquirir as peças.

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