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Ex-dependente químico comemora dois anos longe do crime e das drogas

Publicado em 16/09/2016 09:20
Autor(a): Clédiston Ancelmo
Ex-dependente químico comemora dois anos longe do crime e das drogas - Foto: Loise Maria

“Hoje estou bem! Estou feliz, em recuperação e tenho convicção que não vou mais usar drogas. Isso é uma dádiva depois de 20 anos”. Com essas palavras comemorou o ex-usuário Assistido da DPE-TO – Defensoria Pública do Estado do Tocantins, que preferiu não expor o nome. O homem, de 35 anos, começou no mundo das drogas ainda criança, com apenas 10 anos de idade. Na conversa, ele diz que nessas duas décadas, experimentou de tudo. E que para conseguir as drogas terminou cometendo vários delitos, como roubos e furtos.

O resultado de tudo isso foram 15 anos cumprindo penas em várias prisões do Estado. Entre fugas e retornos à cadeia, as drogas sempre eram pano de fundo para cometer mais crimes. Um problema que destruía ele próprio e também a família, que teve papel fundamental em todo esse processo de recuperação.

O primeiro contato desse Assistido com a Defensoria foi ainda em 2007. Mas a vontade de sair desse mundo veio só em 2014. Exames foram realizados e foi detectado que ele era dependente químico e que precisava de tratamento. Foi quando a DPE-TO fez um pedido à justiça para que ele fosse internado numa instituição para tratar o problema. Na época, o juiz Luiz Zilmar atendeu o pedido e daí começou a história de superação.

A força de vontade falou mais alto e no ano que ele passou internado, não consumiu mais drogas e nem praticou outros crimes. Agora, depois de sair da clínica o tratamento ambulatorial vai continuar no CAPS – Centro de Atendimento Psicossocial.

A defensora pública Maurina Jácome comemora a vitória do Assistido. “Foram muitas idas e vindas, mas hoje vejo que valeu a pena vê-lo sair do mundo das drogas e do crime. Muita gente ajudou nesse processo de recuperação e tenho certeza que todos estão contentes com o resultado”, disse a defensora.

Hoje, o nosso personagem comemora o sucesso do tratamento e trabalha como servente de pedreiro com os pais. Na quarta-feira, 14, ele esteve no Fórum de Palmas para viver mais uma etapa dessa história: assinar um termo onde a Central de Penas de Medidas Alternativas passa a ser a responsável pelo processo dele.

“Para quem ainda vive nesse mundo das drogas, o que eu digo é que procurem ajuda. Sozinho é muito difícil sair dessa vida. Procurem os Narcóticos Anônimos, a Defensoria Pública e principalmente a família de vocês”, aconselha o ex-dependente químico.

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