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No Bico do Papagaio, Cine Defensoria promove debate sobre violência contra as mulheres

Publicado em 15/03/2018 11:17
Autor(a): Keliane Vale
No Bico do Papagaio, Cine Defensoria promove debate sobre violência contra as mulheres - Foto: NUAmac Araguaína

Com a proposta de difundir a problemática da violência doméstica e debater esse tema, o projeto Cine Defensoria foi realizado em Araguatins, a 616 Km de Palmas, na região do Bico do Papagaio, com a mostra do documentário “Silêncio das Inocentes”, no último dia 9. A programação foi realizada por núcleos especializados da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO) e parceiros.

O documentário apresenta a história da criação da Lei Maria da Penha (Lei11.340/2006) e da luta das mulheres contra a violência doméstica e familiar. O evento contou com a participação de acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins (Unitins) e Faculdade Integrada de Araguatins (Faiara) e reuniu cerca de 200 pessoas.

O coordenador do Núcleo Aplicado das Minorias e Ações Coletivas (Nuamac) Araguaína, defensor público Sandro Ferreira, destacou que o objetivo foi contribuir para a formação dos estudantes das universidades que estão fora do eixo das maiores cidades do Tocantins e, com isso, difundir a informação sobre direitos e sobre a atuação da Defensoria nos casos de violência, como a solicitação de medida protetiva.

Em sua fala, o Defensor Público destacou as diversas formas de violência que são praticadas, como a possibilidade de estupro numa relação conjugal, a violência psicológica e patrimonial. “Ficou bastante evidente nos relatos que as pessoas foram tocadas pela discussão sobre violência, que inclusive também acontece no ambiente universitário”, disse.

Durante os debates, falou-se da violência contra as mulheres sob diversas vertentes, uma delas, apresentada pelo público, foi a de possível subnotificação, já que na região do Bico do Papagaio há dezenas de assentamentos e comunidades rurais que, até mesmo pela questão de localização, entre outros fatores, têm menos acesso à Justiça.

Para a estudante Eliane Fernandes, que participou da atividade, muitas mulheres não sabiam que podiam contar com a Defensoria e que se sentiam desprotegidas por não ter Delegacia da Mulher na região, ocasionando um atendimento inadequado às denunciantes. Por sua vez, a estudante Caroline da Silva gostou dos esclarecimentos sobre as várias formas de violência.

A assessora do NUAmac Araguaína, Graciele Cruz Souza, falou da necessidade da formação de uma rede de mulheres como suporte. Já a assessora pedagógica da Unitins, Vera Lúcia de Andrade, encorajou as mulheres presentes a denunciarem qualquer tipo de violência.

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